Listando os filmes que vi em 2024

 Olá a todos. Nesse post irei listar e comentar sobre todos os filmes que assisti em 2024, podendo ser de qualquer ano, não só desse. Eu não sou muito de ver filmes, então talvez isso desperte em mim uma vontade de ver mais dessa mídia, além é claro de manter o blog ativo. Não farei nenhum comentário extenso, só serei franco e objetivo e nem um pouco irônico.

Kill Bill 2 (2004)
🎬 - Quentin Tarantino
📆 - 07/01
⭐- 5/10
Começando já com uma sequência porque infelizmente vi o primeiro filme ano passado. Conheci Kill Bill recentemente graças a uma conversa com amigos e logo depois a gente assistiu aquela bagaça ao vivo. E pra minha surpresa é um bom filme. Não é mil maravilhas, a história toda é uma desculpa pra rolar ação e alguns momentos irrisórios, então não espere ver nada muito profundo, como eu fiz. Aliás, uma coisa que dificilmente vejo falar, mas que me incomodou, é como o Tarantino (diretor) dá muita atenção ao Japão. Chegou uma hora que eu pensei "tá bom, eu já entendi que você gosta da cultura nipônica, por favor pare, yamete kudasai".
Indo pra sequência... ela é só fraca mesmo. Tem menos cenas de ação e mais diálogos, e como a história e personagens são fracos, você já sabe o que esperar. Embora não seja de todo mal, pois até que há cenas boas, como o começo contextualizando o ataque na igreja (muito foda) e o encontro da protagonista com a sua filha que pensávamos estar morta.
Kill Bill era melhor quando mantinha o mistério entorno de certos eventos e personagens, priorizando o que ele sabia fazer de melhor. A sequência trai tudo isso e expõe o quão superficial o enredo é.



Bernardo e Bianca (1977)
🎬 - Wolfgang Reitherman
📆 - 12/01
⭐- 4/10
Agora falando sobre um clássico animado. Bernardo e Bianca é sem sombra de dúvidas um dos filmes do estúdio Disney que menos gostei. Primeiro porque ele tem um problema que se repete em basicamente todos os filmes anteriores (sim, eu vi eles) que são as personagens puras e sem grandes mudanças durante o filme. Em Bernardo e Bianca, os heróis vão em busca de salvar uma garota adotada por dois maníacos por joias. E é basicamente isso. Não há nenhum plot mais profundo além disso. Há sim outras personagens que ajudam ou servem como mini-bosses pros heróis, porém é apenas isso que eles são no final. E eu odeio esse formato de história desde que foi implantado, é sempre o herói bondoso com algumas falhas acompanhado de uma heroína ou mentor mais velho, e ambos se ajudam para salvar a vítima das garras da vilã raquítica e psicopata com meia dúzia de capangas imbecis. Tipo, poxa, eu já vi isso pelo menos umas 5 vezes a esse ponto >:0
Eu também não ficaria tão chateado se tudo isso fosse bem-feito, mas não é. Todos os personagens são vazios em carisma, as suas motivações não têm peso o suficiente e os conflitos são desinteressantes, por consequência.
 A melhor parte foi definitivamente os animais caipiras atacando em conjunto a vilã, proporcionando cenas à la Coiote e Papa-léguas. A Disney sempre tem uma ou outra cena que se destaca por ser bem criativa e estúpida, e acho que esse foi o caso.



Mardock Scramble - The First Compression (2010)
🎬 - Susumu Kudou
📆 - 14/01
⭐- 7/10
Uma obra muito ambiciosa e com boas ideias, mas que não consegue aproveitar elas ao máximo e termina de uma forma broxante. Sim, eu fui bem direto aqui porque não tem muito mais o que falar. Mardock entrega alguns personagens carismáticos e uma trama intrigante no começo, porém a medida que o filme avançava, percebi que ele não finalizaria de uma maneira fechada ou satisfatória, só não esperava que fosse ambos.
O filme termina com muitas coisas em aberto, porém consegue fazer com que eu me importe pelo menos com a protagonista, devido ao seu passado trágico contextualizado, e com o Oeufcoque (sim, esse é o nome dele), o parceiro IA em forma de rato simpático. Os dois ocupam a maior parte do filme e isso é muito bom considerando que suas cenas fluem bem. Pena que fora esses dois protagonistas, nenhum outro personagem, nem mesmo o mundo futurista, é mais explorado. E prefiro não falar daquele grupinho de vilões cringe (perdoe-me a palavra) perto do final.
A parte audiovisual é ok. Não é um ghibli da vida, eu diria mais que é nível OVA de série famosa. Alguns cenários abusam das cores e brilhos e ficam meio confusos à primeira vista, mas não é sempre. 
Mardock Scramble possui uma proposta interessante e entrega momentos legais, porém falha em levar tudo isso adiante e acaba sem grandes resultados. Recomendaria? Talvez pra quem curta um sci-fi e plots sérios. 



The Death Lullaby (1985)
🎬 - Hiroshi Harada
📆 - 15/01
⭐- 8/10
Um curta com muita identidade e uma mensagem relevante até os dias de hoje. Mesmo sendo meio confuso, o surrealismo e produção única já valem a pena. Não é algo que você entende facilmente na primeira assistida, nem de longe.



The Adventure of Gamba and the Otter (1991)
🎬 - Shunji Ooga
📆 - 20/01
⭐- 6/10
É praticamente o mesmo plot do anime, as únicas diferenças são as lontras no final e a Kimagure.
Não é ruim, mas considerando que reaproveita tanta coisa da série, é melhor ficar só nela mesmo.



Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (1990)
🎬 - Hendel Butoy
📆 - 28/01
⭐- 3/10
Olha só, mais uma sequência de uma obra dos anos 70, porém com menos qualidade (e olha que dessa vez era difícil). Esse filme conseguiu a proeza de ser pra mim o pior filme da Disney até agora. Eu ainda pretendo assistir todos eles pra saber se é verdade o mito que todas as sequências são ruins e não entregam nada novo, mas estou começando a acreditar. 
Assim como o primeiro Bernardo e Bianca, a sequência possui os mesmos erros, porém achei o vilão e a criança da vez ainda mais chatos. Terminando o filme, fiquei com a impressão de ser algo feito apenas para farmar dinheiro e não para criar um clássico inesquecível da Disney.
Ah, e só pra não dizer que não elogiei nada, aquele albatroz e o rato da Austrália me tiraram umas risadas e gostei muito do design 3D daquele carrão do caçador. Não sei se é CGI dado que outros modelos em computação gráfica do longa são mais simples, porém achei muito bonito o resultado final, melhor que muito animezinho recente por aí (de graça, oloko).



O Cão e a Raposa (1981)
🎬 - Richard Rich
📆 - 31/01
⭐- 7/10
Tenho que parar de ver animações. O Cão e a Raposa é um filme agradável e com uma boa lição de moral sobre preconceito e amadurecimento. Ele é inesperadamente tenso em certos pontos, lembra um pouco Pinóquio. No entanto, também é meio cansativo, assim como muitos filmes da Disney. Meu problema com esse estúdio é que: 1) ele não tem coragem pra matar personagens; 2) os alívios cômicos são um pé no saco, embora eu entenda por ser um filme pra crianças; 3) não tem ponto 3.
Eu não li o conto original pra saber o quanto foi alterado, mas acho a adaptação até que curtível.



Marcas da Maldição (2022)
🎬 - Kevin Ko
📆 - 03/02
⭐- 3/10
Assisti na casa de uns amigos de noite e com as luzes apagadas pra tentar pegar o clima de terror, mas a única coisa que fizemos foi rir e ficar confusos. Marcas da Maldição é um daqueles típicos "found footage" com personagens idiotas que filmam bizarrices despreocupadamente e por algum motivo a câmera sempre fica num ângulo bom. A atuação da atriz principal é boa e o final do filme quebrando a quarta parede é uma sacada legal, mas fora isso não tem muito a oferecer não.
Draminha barato com jumpscares fracos. Só conseguia pensar no episódio dos porcos da índia gigantes do South Park, que por sinal vale muito mais o seu tempo.



O Balconista (1994)
🎬 - Kevin Smith
📆 - 21/02
⭐- 8/10
Muito bom cara, tu é doido. Adorei a ousadia de ser quase todo em preto e branco e ainda separar o filme por seguimentos com títulos próprios. O timing das piadas é ótimo e a dupla principal é tão boa que é difícil dizer qual deles é melhor. Inclusive, não esperava ver diálogos tão afiados como foi àquele da conclusão, principalmente vindos do personagem mais estúpido do longa. Talvez o único problema que possa apontar seja o ritmo que é meio lento às vezes, pois o filme constantemente muda de foco e nem sempre é pra melhor.
"O Balconista" foi uma agradável surpresa que com certeza irei rever e recomendar pra mais pessoas.



Oliver e Companhia (1988)
🎬 - George Scribner
📆 - 24/02
⭐- 6/10
Não conhecia esse e fui ver no lugar de "O Caldeirão Mágico", tive um certo estranhamento no começo por ser um filme mais "cru" se comparado com os clássicos épicos da Disney, mas no fim gostei e criei um certo apego por parecer ser meio underground. A história é uma mistura de "A Dama e o Vagabundo" e "Bernardo e Bianca" com as músicas contagiantes de "Aristogatas".
Num geral é um filme mediano, a história não é lá essas coisas e o vilão deve ser o mais foda-se que eu já vi, porém o resultado final não é tão ruim.



O Caldeirão Mágico (1985)
🎬 - Richard Rich
📆 - 02/03
⭐- 4/10
Outro filme que foge do padrão Disney e tem uma proposta interessante, porém não consegue atingir seu máximo. O mundo fantástico e sombrio é muito bonito visualmente, mas pouquíssimas coisas dele são apresentadas e termina mal explorado. Também não consegui simpatizar com nenhum personagem e poucas cenas me fizeram esboçar alguma reação, pois a história é muito corrida e com várias conveniências, tipo a mina encontrando o Taran e o libertando, ou o vilão tirando os olhos dos prisioneiros por tempo o suficiente para eles acabarem com seus planos.
Infelizmente O Caldeirão Mágico possui uma boa ambientação RPGistica que poderia ter dado muito certo, mas o que temos é um filme meia boca.



As Peripécias do Ratinho Detetive (1986)
🎬 - John Musker
📆 - 09/03
⭐- 6/10
As Peripécias do Ratinho Detetive é um longa fácil e leve de se assistir. Ele, diferente dos dois últimos, é bem a cara da Disney e acho que foi por isso que acabei gostando mais dele. Esse filme faz algo que eu adoro nessas animações, mostrar o mundo do ponto de vista de personagens pequenos, o que faz tudo parecer grandioso e magnífico.
Não é algo que deixará uma marca em mim, mas certamente faz bem o seu papel e merece algum crédito por isso.



RoboCop: O Policial do Futuro (1987)
🎬 - Paul Verhoeven
📆 - 12/03
⭐- 9/10
Filmaço! É um sci-fi gore e com ótimas doses de sátira e extravagância, e acho que foi isso que mais gostei: esse equilíbrio em oferecer momentos sérios e cenas de ação que beiram ao ridículo. A história pode ser bem direta ao ponto, mas pra mim valeu cada segundo. Definitivamente um clássico.



A Pequena Sereia (1989)
🎬 - Ron Clements & John Musker
📆 - 15/03
⭐- 7/10
Simplesmente a animação que colocou a Disney de volta nos trilhos. E o que A Pequena Sereia tem de tão especial? Bom, ele retorna aquela aura de originalidade que os primeiros filmes tinham, o que garante uma aventura divertida, simples e inesquecível. Eu confesso que não é a minha praia (pegou a referência ao mar?) mas entendo todos os elogios em cima desse filme. 



Dragon Ball Z: Broly! O Lendário Super Saiyajin (1993)
🎬 - Shigeyasu Yamauchi
📆 - 17/03
⭐- 5/10
Vou tentar parar de ver só animações, eu juro.
O Broly age como figurante por um tempo até ele virar monstrão e sair macetando todo mundo sem dó. Dito isso, gostei do Broly, assim como a backstory dele que, embora ela seja tão básica quanto tudo nesse filme, é funcional, não vou mentir.
Não acho o Broly ruim, o que eu acho ruim mesmo é aquele desfecho do confronto. Pensa numa conclusão preguiçosa.



The Gentle 12 (1991)
🎬 - Shun Nakahara
📆 - 22/03
⭐- 8/10
Uma quase paródia japonesa do clássico de 57, "12 Angry Men". Aqui os jurados são mais relaxados e tem até mulher no meio. E diferente do material original, um jurado vota contra o réu, ou seja, diz que ela é culpada.
É muito legal ver como todas essas mudanças criam um estilo bem próprio pro filme, mesmo ele tendo praticamente o mesmo enredo de 12 Angry Men. E não parei pra pesquisar, mas vi muita gente dizendo que no sistema judiciário japonês a intuição fala mais alto que a razão na hora de julgar um caso, o que ocorre no filme, porém fez a maior parte dos personagens parecerem pouco razoáveis ou muito influenciáveis, salvo o "banqueiro" e uns outros.
Achei muito legal o resultado final, minha maior reclamação seria que é meio difícil achar esse filme legendado na net.



Dragon Ball Z: A Batalha nos Dois Mundos (1993)
🎬 - Yoshihiro Ueda
📆 - 24/03
⭐- 6/10
Matarão a gostosa :(
Esse era um dos filmes antigos de DBZ que me vendiam bem na net, então fui conferir e... esperava mais. Não é ruim, gosto do contexto simplório do torneio, da Chichi finalmente agindo diferente e dando liberdade pro Gohan, e do fanservice Trunks vs. Tenshinhan que nunca veríamos normalmente. Porém depois que os vilões aparecem eu fui perdendo o interesse.
Eu costumo ser bem exigente com vilões, então ver um cara que nem o Bojack que só sabe falar besteira com uma cara de malvadão me decepcionou bastante. Tipo, o povo fala que o Broly é um mal vilão porque só gritava e não fazia nada, sendo que ele tem frases muito mais impactantes que esse bando de aliens buchas.
O final é bonitinho e fiquei feliz com a participação do Satan na luta. Inclusive, me imaginei muito no meio daquela plateia gritando "Satan! Satan!"



Dragon Ball Z: Goku, o Super Saiyajin (1991)
🎬 - Mitsuo Hashimoto
📆 - 26/03
⭐- 4/10
Esse é um filme bem esquecível de Dragon Ball Z, então ao invés de eu só apontar os defeitos, vou falar um pouco do que ele acerta.
Slug pode ser um vilão sem graça, mas eu gostei que o plot dele está ligado com a antiga "quase-extinção" dos namekuseijins, que pra mim é um evento bem interessante e que ajuda na construção de mundo de Dragon Ball. A batalha no parque de diversões é um toque legal, tem algo parecido no OVA do Trunks, mas lá não tinha as luzes noturnas e atmosfera daqui. Também gosto da forma que o impacto causado pelos vilões na Terra é retratado, o que compensa a falta de carisma deles (pera, eu deveria estar elogiando!). Ah, e achei muito engraçado o Gohan cantando e assobiando sem parar no começo do filme, foi tão inesperado que me tirou umas risadas.
Fora isso não tenho muito o que comentar sinceramente, a luta é bem padrão de filme de DBZ, mas achei bem idiota o ponto fraco do Slug. Provavelmente o pior da franquia.



A Bela e a Fera (1991)
🎬 - Gary Trousdale & Kirk Wise
📆 - 29/03
⭐- 8/10
Sim, é bonito visualmente e com história muito emocionante se comparada com as outras animações do estúdio. Faz um tempo que esses filmes quase me fazem chorar. Os musicais são um grande acerto, pois ajudam a deixar a história mais digerível, foi o que senti vendo A Pequena Sereia, também.


Ah, e o Gaston é chad, tá?

Quadrophenia (1979)
🎬 - Franc Roddam
📆 - 30/03
⭐- 7/10
Adolescentes idiotas querendo ser diferentes e fazendo as mesmas coisas que todo mundo, se decepcionando, ficando confusos com a vida, passando lápis de maquiagem nos olhos (???) e no final se cansando de tudo... Não tem como fazer uma história mais identificável. Por outro lado, não consegui simpatizar com alguns personagens e achei certas cenas desnecessariamente confusas. Talvez se eu fosse britânico seria 10.



Dragon Ball Z: O Retorno dos Androides (1992)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 01/04
⭐- 3/10
Ineficiente.



Dragon Ball Z: O Retorno de Cooler (1992)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 01/04
⭐- 7/10
O Retorno dos Androides foi tão bom que fui logo assistir outro filme pra esquecer.
Muito foda o nível de imponência do Cooler. O cara já era imbatível sozinho e depois vem um exército inteiro dele pra cima do Goku e Vegeta. Não dá cara, muito pica.
Fiquei meio decepcionado com a pouca participação do Gohan, além de que o desfecho é meio esquecível, mas dane-se. É divertido, adoro a música de encerramento, adoro os personagens destruindo robozão no soco, bom filme.



Dragon Ball Z: A Árvore do Poder (1990)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 03/04
⭐- 3/10
E aqui estamos diante do pior filme de DBZ.
Vai parecer estranho eu dizer isso quando passamos por fortes competidores anteriormente, porém nenhum deles me fez querer desistir no meio que nem esse. Mas vamos por partes. Eu diria que um ponto forte dele é o conceito do Turles, uma versão malégna do Goku que, convenhamos, é algo que todo mundo quis ver. Outra coisa a se elogiar é a sequência de cenas pós primeira Genki Dama, o que faz desse filme um dos mais tensos e sérios até agora.
Fora isso, é o suco do tédio, o que pra mim é o pior defeito que uma história poderia ter.



Dragon Ball Z: Uma Vingança Para Freeza (1991)
🎬 - Mitsuo Hashimoto
📆 - 06/04
⭐- 8/10
"Beleza, irmão do Freeza, vamos ver como você vai se sair como vilão. Eita, invadiram o piquenique do pessoal e destruíram tudo. Haha, forças especiais, legal (nunca serão as Forças Especiais Ginyu). Caramba, mestre Karin, mó tempo que não vejo esse gato. Vixe, Piccolo apareceu, agora já era pra esses caras. Goku rebaixado saindo da montanha, é bom esse loirinho e esse alien rosa estarem preparados. Oloco, transformação pica essa. TAPOHAA ELE PASSOU NO MEIO DO KAMEHAMEHA! Que surra é essa, por que ele não vira super saiyajin logo? Ah, finalmente. Legal esse golpe final. Esse é o melhor filme de DBZ até agora."



Dragon Ball Z: O Homem Mais Forte do Mundo (1990)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 11/04
⭐- 3/10
Legal que essa história provavelmente inspirou a criação dos androids no futuro. O teletransporte também parece ter surgido aqui primeiro, então tem algumas coisas legais que esse filme proporcionou, mas... é, não recomendo.



Didi Quer Ser Criança (2004)
🎬 - Alexandre Boury & Reynaldo Boury
📆 - 13/04
⭐- 1/10
Até a 1:10:00 é muito ruim, depois disso fica inacreditavelmente horroroso.
Não faz sentido, a história, as personagens, o drama, a edição, nada é feito direito. Digno de nota 1 ou talvez até menos, mas eu não gosto de dar nota quebrada.




Dragon Ball Z: Devolva-me Gohan (1989)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 15/04
⭐- 4/10
Sendo o primeiro filme de DBZ, e considerando o quão ruim os outros são, eu fui com as expectativas bem baixas, mas até que achei divertido.
Não é nada grandioso, tanto que o plot lembra bastante a saga Piccolo Daimaou, porém achei as lutas divertidas e o castelo do Garlic Jr. proporciona uns cenários irados. Esse aqui também é um dos poucos casos onde o Gohan que finaliza o vilão, e não o Goku e os outros.




Soul (2020)
🎬 - Peter Docter
📆 - 15/04
⭐- 7/10
A mensagem é desproporcionalmente melhor que o roteiro e personagens.




Dragon Ball Z: O Retorno do Guerreiro Lendário (1994)
🎬 - Shigeyasu Yamauchi
📆 - 20/04
⭐- 5/10
Irmão, se tivesse que resumir esse filme em uma frase seria: "acerta em tudo que o primeiro errou, mas erra no que ele acertou."
A animação e produção num geral melhoraram muito, e o antecessor já era bonito visualmente. A comédia aqui também é melhor encaixada e, o mais importante, o final não é um lixo. Aquele kamehameha em família foi tudo pra mim.
Porém, como tudo mundo já sabe, o Broly ficou mais buxa aqui. Sim, ele não era um vilão muito bom pra começo de conversa, mas rebaixaram o cara pra um sádico qualquer; ele nem tem falas direito pra tu ter noção. Se o vilão não fosse genericão eu daria até um 7.




Dragon Ball Z: O Combate Final, Bio Broly (1994)
🎬 - Yoshihiro Ueda
📆 - 20/04
⭐- 3/10
"Não é o Bio Broly que deixa o filme ruim. Ele já era ruim antes disso."

                                             -Over




Dragon Ball: A Lenda de Shenlong (1986)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 23/04
⭐- 5/10
Bora variar um pouco as coisas. Muito filme de DBZ vai fazer mal pra mim, então vou tentar ver um do clássico, talvez seja melhor.
.
.
.
Meh.




Dragon Ball: A Bela Adormecida no Castelo Amaldiçoado (1987)
🎬 - Daisuke Nishio
📆 - 23/04
⭐- 7/10
Essa foi uma deliciosa surpresa que eu não estava mentalmente preparado.
A Bela Adormecida no Castelo Amaldiçoado já começa bom pelo seu título, uma tradução bem longa que me lembra de coisas como "A Ilha da Rainha da Morte" de CDZ. Alguns sites nomeiam essa animação como "Dragon Ball: O Castelo do Diabo", que também é um nome legal.
Indo pro filme em si, ele tem uma animação meio capenga igual ao seu antecessor (esse filme é sequência do "A Lenda de Shenlong") e reconta os acontecimentos do Dragon Ball clássico numa nova roupagem. Pelo menos aqui eu não achei o ritmo acelerado, o que é um grande feito considerando tudo que acontece nesses 50 minutos.
Só pra citar alguns exemplos, somos apresentados ao Kuririn, logo depois ele e Goku disputam pra ver quem consegue resgatar a bela adormecida do castelo de Lúcifer e levá-la ao Kame para ele os aceitar como discípulos. Nessa ida, Bulma, Oolong, Yamcha e (goat) Pual se juntam... porque sim e o grupo é atacado por monstros semelhantes a ogros que querem chupar o sangue da Bulma, matar os outros que não são saborosos o suficiente, reviver a bela adormecida e DESTRUIR O SOL para criar um mundo de trevas muhahahaha...
acho que me estendi mais do que devia não vou apagar pra deixar mais curto o texto quero que se foda.
Resumindo, adorei esse enredo maluco bem cara de Dragon Ball clássico e que, como é de costume, flui naturalmente. Obviamente não tem muito além disso, mas não posso negar que soltei altas gargalhadas com essas trapalhadas da turminha do barulho.




Dragon Ball: Uma Aventura Mística (1988)
🎬 - Kazuhisa Takenouchi
📆 - 27/04
⭐- 6/10
Muito legal ver um dos melhores arcos do clássico com outra roupagem.
Dessa trilogia, esse é o que tem a melhor animação, o que faz valer o resto que é meio forgettable e rushado.




Dragon Ball Z: O Renascimento da Fusão (1995)
🎬 - Shigeyasu Yamauchi
📆 - 09/05
⭐- 5/10
Lembro que a primeira coisa que pensei após terminar de assistir foi: "nossa, esse filme parece inacabado". E com isso não quis dizer que a produção deixou a deseja, até porque esse é provavelmente o longa mais bem visualmente produzido da franquia. Mas sim que a fusão do Gogeta dura tão pouco tempo, e o final é tão esquecível que fica difícil engolir.
Não é ruim, longe disso, mas sinto que a falta de um vilão com alguma motivação, além de consequências simbolizantes para os ataques dos mortos-vivos e pra volta do Freeza ajudaram a eu considerar esse filme mid.
Dito isso, Gogeta chad.




Melhores filmes abril 2024






Dragon Ball Z: O Ataque do Dragão (1995)
🎬 - Mitsuo Hashimoto
📆 - 19/05
⭐- 7/10
Finalmente cheguei no décimo terceiro filme de DBZ, o último dos grandes filmes noventistas dessa franquia. Gostei? Sim, porém senti que podia ser melhor.
Começando pelo começo (pleonasmo?) temos uma introdução bacana do Gohan e da Videl saiyamans, e depois vemos os dois salvando um velhino de se jogar de um edifício, mas na verdade esse velhino é tão suspeito que nem o filme tenta esconder isso e ele os pede para abrirem uma caixinha de música (aquelas que tu gira a manivela e toca uma melodia). Acho engraçado como ninguém parece usar a cabeça, exceto da Bulma é claro, então todo mundo só aceita essa situação estranha de boas. O Goku nem dá bola quando o ser misterioso chamado Tapion, que havia sido selado, aparece de dentro da caixa e discute com o velho. Tanto faz, o que importa é o que vem depois. Isso porque o filme só starta as lutas de verdade na metade dele. Eu achei essa decisão meio ruim, pois o enredo e personagens não me chamaram muita atenção, mas pelo menos a produção é consistente e o design geral é bem bonito. Inclusive, adorei a escolha da paleta de cores, casou bem com toda a proposta da história.
Após uma exposição da lore do Tapion, Hildergan, o verdadeiro vilão do filme e também o primeiro kaijuu que vemos em DBZ, surge destruindo a cidade, e agora cabe a Goku e seus amigos salvarem o mundo. Porradaria vai, porradaria vem, Goku usa o icônico golpe final e derrota o monstrão, deixando-nos com uma linda cena mostrando o céu limpo e partículas brilhantes caindo sobre o SSJ3.
Se comparado com os outros longas, esse é muito mais competente em criar uma história concisa e memorável, tenho sim algumas reclamações, mas o resultado final não deixou a desejar tanto.



O Dragão Relutante (1941)
🎬 - Alfred Werker (live action) & Hamilton Luske (animação)
📆 - 21/05
⭐- 6/10
Um filme provavelmente da era da guerra que deixei passar sem querer. Nem sabia que essa coisa existia.
Pra começar, devo dizer que gostei da ideia e execução do longa ser um pequeno tour pelo estúdio da Disney enquanto ensina de forma bem simples e rápida como cada setor trabalha. São seguimentos bem divertidos e interessantes, o problema é que o humor pastelão não me entreteu muito e ainda por cima conta com retratações racistas de africanos e chineses aqui e acolá, infelizmente isso era comum nos anos 40.
Indo pra parte da animação, temos vários curtas animados, o primeiro, em preto e branco, é sobre um trenzinho e... é bem esquecível. Em seguida temos algumas animações do Donald e do Bambi usadas para explicar como a animação em célula funciona. Resumindo aqui, é uma trabalheira do cão. Depois há uma história contada no formato storyboard, com uma pequena dose de animação, chamada "Bebê Weems", que é legalzinha só. Após isso, um curta animado do Pateta que é simplesmente a melhor coisa disparada. Para no final, vermos finalmente a animação que dá nome a obra, "O Dragão Relutante". Naquele momento eu até levantei do sofá esperando ver algo épico... obviamente não aconteceu. A história é bem chatinha e parece que os roteiristas não sabiam fazer humor. O que me surpreendeu mesmo foi o fato do dragão gay não ser alvo de piadas homofóbicas, todo mundo simplesmente respeita ele e isso tenho que elogiar.



Aladdin (1992)
🎬 - John Musker & Ron Clements
📆 - 27/05
⭐- 6/10
Aladdin era provavelmente meu filme predileto da Disney na minha infância, pois ele é uma fórmula muito eficaz para fisgar crianças através de sua comédia, personagens com bons desings e motivações fortes, enredo fácil de acompanhar e musicais a toda hora. Sem dúvida o filme perfeito para se ver na infância, porém eu revi ele aos 20 anos e percebi como sou chato para certas coisas.
Infelizmente não consegui deixar de comparar a relação da Jasmine e Aladdin com o casal do filme anterior, A Bela e A Fera, onde os roteiristas se esforçaram para mostrar a relação dos protagonistas sendo aos poucos construída, diferente de Aladdin que pulou toda essa etapa e o casal se apaixona logo de cara, o que senti ser meio forçado.
Outro problema é como o tema é escancarado e repetido. Sim, o tema deve estar presente em toda a obra, porém me pareceu cansativo ter que ver toda a hora que a Jasmine não é livre, ou que gênio não é. Podia ser algo mais sútil e elaborado, não seria nada anormal, filmes infantis não precisam ser rasos assim.



Dragon Ball: O Caminho do Poder (1996)
🎬 - Shigeyasu Yamauchi
📆 - 21/12
⭐- 4/10
Um dos filmes mais consistentemente bonitos de DB. Gosto de algumas alterações no roteiro pra que pudesse caber no resumo de 1:20 e também admiro como esse filme tem umas cenas meio sérias repentinamente. Infelizmente não consegui gostar de muitas outras coisas além da beleza visual.



Sonic 3 (2024)
🎬 - Jeff Fowler
📆 - 28/12
⭐- 6/10
Lançado justamente no ano do Shadow, pelo menos de acordo com a SEGA, esse tinha tudo pra ser uma das coisas mais hypadas do mundo pra mim quando criança, porém como um adulto chegando nos 21, senti que não era o público alvo.
As lutinhas são legais, o tema Live and Learn certamente me arrepiou e soltei umas risadinhas em cenas tipo o Sonic tentando acalmar o Knuckles pra não quebrar o vidro, mas o enredo é meio fraco e previsível, fora que tudo é tão nitidamente feito só pelo hype que isso me gerou o efeito contrário e fiquei entediado. Pelo menos o cliffhanger com o Metal Sonic e a Amy no final foi uma boa sacada, não esperava ver ele como o vilão, visto que o Jim Carrey não vai participar da sequência.
Em suma, não sou o público alvo e isso afetou boa parte da experiência, mas se o seu sonho é ver um blockbuster do Sonic e Shadow, aproveite.




Bom, é isso, terminei os filmes de 2024. Estou escrevendo isso na madrugada do dia 01/01 de 2025. Feliz ano novo, inclusive. Era pra eu ter visto mais coisa, porém devido a questões pessoais e por sentir que já estava saturando de filmes, fiquei uns meses sem ver nada relacionado. Não só isso, como eu também comecei a rever filmes ao invés de ver coisas novas (revi os primeiros filmes de One Piece e são muito melhores do que me lembrava). Enfim, vou fazer o levantamento das melhores obras e também das piores que passaram por aqui, segue o ranking abaixo:

MELHORES DO ANO

1 - The Gentle 12

2 - Robocop

3 - The Death Lullaby

PIORES DO ANO

1 - Didi Quer Ser Criança

2 - Marcas da Maldição

3 - Dragon Ball Z: O Combate Final, Bio Broly

O ranking tá meio sem graça, mas é porque tô com preguiça de fazer algo bem bolado. Na verdade, eu até acho que o melhor do ano seria Robocop, porém o The Gentle 12 é literalmente a versão japonesa de um dos meus filmes prediletos, então fica assim mesmo. Por outro lado, os piores tão bem precisos, não mudaria nada.

Finalmente terminei esse post. Meu Deus, esse é o maior post desse blog e o que mais dediquei tempo escrevendo, sem nem ao menos ter um roteiro pra isso. Ano que vem eu espero ver coisas melhores.



Fatos e curiosidades sobre Majokko Tsukune-chan (mangá e anime)

Exemplo de Mudança de Tamanho de Texto

Bom, como deu pra ver pelo título, nesse post eu estarei falando de alguns fatos e curiosidades curiosas sobre um dos meus mangás favoritos, Majokko Tsukune-chan. Eu passei a gostar de Majokko quando vi o anime e fui conferir o mangá só anos depois quando montei minha equipe scanlation pra traduzir umas obras velhas e nichadas. E se você não entendeu até agora o que tô falando... Então você provavelmente caiu no blog errado.

Esse post conterá alguns spoilers leves de Majokko, tome cuidado lendo.

Mas o que é Majokko Tsukune-chan?
Você provavelmente já conhece Majokko, então pode pular esse parágrafo se quiser, mas pra quem não conhece e pra não deixar de ser formal, aqui vai um geralzão: Majokko Tsukune-chan é um mangá seinen de comédia escrito e ilustrado por Hiroaki Magari entre os anos de 2003 e 2012, sendo serializado nas revistas Young Magazine Uppers, entre 2003 a 2004,  e na Shounen Monthly Sirius em 2005, para mais tarde migrar para o digital.
O quadrinho conta as aventuras de Tsukune, uma jovem bruxa que possui boas intenções, mas sempre acaba fazendo alguma coisa de errada quando tenta ajudar alguém.
O mangá rendeu 3 volumes físicos e um anime de 6 episódios, 13 minutos cada, que adapta algumas histórias dos dois primeiros volumes e serviu para atrair mais pessoas para comprar o terceiro. Tanto o anime quanto o mangá são hoje conteúdo de nicho, então poucas pessoas conhecem ele fora do Japão (e muito provavelmente nem os japas conhecem isso).
Majokko é uma paródia de mahou shoujo, o gênero de garotas mágicas dos animes, tipo Sailor Moon, Sakura Cardcaptors e Guerreiras Mágicas de Rayearth.

Bom, com essa intro feita acho que posso começar o post. Vamos lá. E não esqueçam de dar o like, compartilhar e se inscrever no botão vermelho guys.

Mascote fantasma da Tsukune - o mascote da Tsukune é morto pela mesma no primeiro capítulo. E embora no mangá ele só reapareça como fantasma uma vez, que no caso é uma página depois de ser churrascado, no anime ele vira uma piada recorrente (até o segundo episódio) aparecendo às vezes meio escondido, e às vezes não. 
pela expressão dele ele não deve estar muito contente no pós-vida.

O Prefeito não tem nome - o Prefeito é um dos personagens principais do mangá de Majokko Tsukune-chan, aparecendo pela primeira vez no capítulo 2. Desde lá, ele participou de várias aventuras, mas nunca teve seu nome revelado, nem mesmo nas sequências (até onde eu li). Provavelmente isso faz parte da piada de ninguém se importar com ele.

Haruko Momoi - ela é a dubladora da Tsukune e curiosamente ela dublou a Komugi em Soultaker de 2004. O engraçado disso é que as duas são garotas mágicas que parodiam esse estereótipo.

Onda de paródias de mahou shoujo nos anos 2000 - nos anos 2000 tivemos um número maior de animes e mangás que parodiavam os mahou shoujo da vida. Alguns exemplos que consigo pensar são Dokuro de 2005, Dai Mahou Touge de 2006, Soultaker que já citei antes, e um mais desconhecido pra não perder o costume, Tenbatsu Angel Rabbie de 2004.
Porém essa moda meio que ainda continua, hoje em dia temos animes como Magical Girl Magical Destroyers e Mahou Shoujo ni Akogarete que parecem ser paródias de mahou shoujo também, mas é curioso pensar que naquela década coincidentemente surgiram tantos animes/mangás com propostas semelhantes.
Sons aleatórios - *ahem* voltando a falar de majokko. O anime colocou uns SFXs engraçados em algumas ações. Tipo, a Tsukune ergue um braço e isso faz um som de robô, ou o prefeito tá correndo e de fundo toca umas sanfonas. Isso obviamente é pra gerar humor e várias comédias fazem isso, mas, ainda assim, é difícil não estranhar algumas escolhas.

Os pais da Tsukune - nunca vemos como são ou quem são os pais da Tsukune. Tudo o que sabemos é que: 1 - eles mandam cartas pra ela; 2 - eles são bem direto ao ponto nas conversas; 3 - a Kokoro provavelmente vive com eles, já que eles avisam na carta que ela está indo visitar a Tsukune.
Após isso nunca mais há menção sobre eles. Eu cheguei a ler uns capítulos do Majokko Tsukune-chan Plus, mas não tive sucesso nessa procura.
eu tenho a impressão que essa imagem deles é referência a alguma obra...

Majokko Tsukune-chan se passa numa monarquia - ou talvez seja uma monarquia constitucional tipo do Reino Unido, mas não acho, pois no último capítulo a Tsukune comenta que, sim, o mangá se passa numa monarquia.

De onde veio a ideia para Majokko Tsukune-chan? - Magari teve a ideia do seu mangá devido aos rabiscos que ele fazia em seu caderno durante as aulas. Isso é revelado na sequência de majokko, o Majokko Tsukune-chan Plus, nas páginas em que o autor fala um pouco sobre como foi escrever e serializar um mangá.

Mangá 4-Koma rejeitado - já nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que enviou dois projetos para os editores analisarem. Um foi majokko e o outro foi um 4-koma sem nome. Majokko foi aceito, mas não temos informações sobre como era o outro projeto. Tudo o que podemos deduzir é que ele teria uma protagonista feminina baseado nessa ilustração.
num universo alternativo...

Magari não sabia que majokko seria publicado - esse é um tópico meio complicado, porque, novamente nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que aceitou mandar mais capítulos para os editores publicarem, mas ele não esperava que esses mesmos capítulos seriam serializados. Talvez ele estivesse pensando que aqueles capítulos seriam apenas analisados pelos editores, o que explica eles serem tão simples e até meio pobres em arte.

Inspiração pro Prefeito - De acordo com Hiroaki Magari em uma entrevista, o Prefeito foi inspirado no Mike Haggar de Final Fight. Sabe, aquele jogo beat 'em up de arcade que depois foi lançado no super nintendo.

Chururira - essa é a palavra que aparece junto da numeração de todos os capítulos do primeiro e segundo volume de Majokko. Curiosamente os volumes seguintes deixam de usar ela. Eu não consegui encontrar o significado de chururira na internet, provavelmente não deve ter nenhum mesmo.

Majokko tem 45 capítulos - sim, você não leu errado. Majokko tem 45 histórias com títulos próprios nos seus primeiros 2 volumes. O motivo para muitos sites de rastreamento de mídia registrarem apenas 31 capítulos é porque eles usam o Majokko Tsukune-chan Yoseatsume como base, uma compilação de apenas algumas histórias do mangá original. 

Erro no título - nas páginas finais do segundo volume de majokko, Magari revela que seu designer errou o título do mangá na capa por um kanji. Por sorte ele percebeu isso antes que o volume fosse publicado, o que deu pra corrigir e ficar do jeito que conhecemos. "Majokko" com "ko" de "menina", embora o "子" também tenha esse significado.  


Inspiração para o nome "Tsukune" - o nome da Tsukune é referência a um prato japonês de mesmo nome. ele é basicamente um espetinho de frango. Essa piada com nomes continua no Plus. Lá conhecemos a irmã mais velha da Tsukune que se chama Seseri, que é "asinha de frango" em japonês.

男装っ娘いすぴんちゃん - Dansoukko Isupin-chan é uma recriação da abertura e de uns trechos de majokko com os personagens do MMORPG Tales Weaver, lançada no niconicovideo em 2009. O clipe é muito bem feito, só não sei o motivo pro cara ter escolhido logo majokko. Caso queira conferir, clique aqui.


Fondo - Fondo é o nome do boneco de argila que aparece na abertura do anime de Majokko Tsukune-chan por uns segundos. Sakurai menciona que seu filho adora esse personagem, embora tenha medo do monstro de argila do último episódio.
O motivo pro anime ter tantos trechos feitos em argila é porque o Sakurai estava com tempo livre e com o storyboard do último episódio em mãos, então ele decidiu ajudar criando essa pseudo animação de argila. Sakurai estava tão confiante com o resultado final que fez a Kokoro dizer na prévia do próximo episódio: "essa é uma história do mangá, dessa vez não tem como você ficar bravo".
falar a verdade, eu nunca reparei nesse bicho até agora kklkkkkkkkk

Magari trabalhou no anime de Sexy Commando - numa entrevista do Hiroaki Sakurai, o diretor do anime de majokko, ele conta que na primeira vez que encontrou com Magari os dois conversaram sobre a adaptação de majokko, e Magari menciona que quando ele trabalhava em Sexy Commando, provavelmente na parte dos storyboards, ele mantinha alguns trechos de animação que seus superiores pediam para cortar. Ele relembra isso brincando, pois o Sakurai, diretor de majokko, estava cortando muitas cenas do mangá para deixar o OVA mais curto e condensado possível. Caso esteja interessado na entrevista, clique aqui

Piada com o nome do Dr. Choromatsu - o Dr. Choromatsu recebeu esse nome inspirado no terceiro irmão, Choromatsu Matsuno, do anime Osomatsu-san. Nesse anime, Choromatsu é o único irmão lúcido dos outros 5, portanto ele é quem faz o papel de tsukkomi nas piadas.
triste pensar que daqui uns anos a juventude não saberá a relação entre esses dois personagens...

Jogos e PVs em FLASH de Majokko Tsukune-chan - majokko teve alguns jogos de plataforma e uns PVs animados com músicas de fundo, todas cantadas pela Haruko Momoi. Os clipes musicais que encontrei foram dois, o "Magical Magic Girl", lançado em 2009 no nico video, e o "Tsuki to Hoshi no Uta", lançado em 2012 no canal do youtube da Kodansha. Os dois foram animados, dirigidos e editados pelo Magari, além de ser ele quem escreveu as letras. Os jogos eu não consegui encontrar porque o flash não está mais ativo, porém você pode conferir como eles eram aqui. Essas animações e jogos receberam o nome de Majokko Tsukune-chan SFW.


Momento fatídico na vida da Momoi como dubladora - em uma entrevista da Haruko Momoi, ela conta que uma vez ela entrou em um estúdio para gravar um projeto, porém foi no horário errado, pois a gravação só começaria 1 hora mais tarde e ela não tinha sido avisada. Coincidentemente, o produtor, Toshimichi Ootsuki, chegou junto dela, assim os dois conversaram e ele apresentou o mangá de majokko pra ela, a obra que ele estava planejando adaptar para anime. Momoi não foi contratada logo de cara, mas graças a esse encontro ela ganhou a chance de dublar a Tsukune mais tarde.
Momoi também diz que esse trabalho foi memorável, já que, diferente dos seus papéis anteriores de garotas mágicas, a Tsukune era mais calma e resiliente, então isso serviu de aprendizado e melhoria na atuação dela.

Figurante com cara de idiota - tem um certo figurante careca e com uma expressão facial simples que aparece em vários capítulos do mangá, além de fazer aparições no anime. Não sabemos se em todos esses casos ele é o mesmo personagem, só sei que ele recebeu destaque o suficiente para aparecer na imagem de comemoração do 20° capítulo lançado. Ele tá meio escondido lá no canto direito.

Enfim terminamos. Confesso que tive apagar vários tópicos irrelevantes ou que fugiam um pouco do assunto, porém olhando o resultado final acho que ainda tem coisas pra tirar.
Espero que tenha gostado. Esse é possivelmente meu post mais longo até agora (pelo menos o roteiro levou algum tempo pra fazer) e eu até me diverti escrevendo e pesquisando. Talvez devesse ter passado mais tempo pesquisando pra trazer informações de qualidade, porém honestamente, esse roteiro já tava acumulando poeira, então antes ele sair mediano do que nunca.

Caso queira as fontes que usei, aqui estão:
https://www.wikiwand.com/ja/魔女っ娘つくねちゃん
https://king-cr.jp/special/tsukune/interview.html
https://renote.net/articles/7095
https://febri.jp/febri_talk/momoi_haruko_3/

O anime de mecha mais viajado que eu já vi

CONTEXTUALIZANDO

Mecha é a abreviação da palavra "mecânico" e se refere a um robô gigante com traços humanos que combate monstros ou mechas rivais. Nos animes, o gênero ganhou bastante popularidade na década de 70, principalmente com o lançamento de Mazinger Z, que inovou ao adicionar pilotos que controlam o robô internamente e também ataques clássicos como o soco-foguete.
Agora, imagine como seria um mecha estilo Mazinger Z misturado com Ashita no Joe. Ou então, como seria se Gurren Laggan tivesse 49 episódios e fosse feito nos anos 90. Pois é sobre esse anime que irei comentar hoje. Apresento a vocês, Red Baron!!!


Inicialmente, Super Robot Red Baron era uma série japonesa de 39 episódios no estilo tokusatsu e mecha, transmitida entre 1973 e 1974. A série surfou na onda do Go Nagai, mas optou por contar uma história mais tensa e dramática, diferente de Mazinger que é pura loucura.
Mais tarde, em 1994, Red Baron voltou e dessa vez em animação, com uma nova história e diferentes personagens, praticamente outra obra. O anime de Red Baron foi produzido pela Tokyo Movie Shinsha e dirigido por Akio Sakai (diretor chefe). Num geral a equipe de produção é até boa.

RESUMINDO O ANIME

A história de Red Baron é a seguinte, no futurístico ano de 2020, os avanços tecnológicos permitiram a criação de robôs gigantes chamados "Metal Fighters", que competem num evento esportivo internacional para decidir o robô mais forte de todos. No entanto, a organização do mal "Máscara de Ferro" planeja roubar esses robôs para fins malignos. Assim sendo, eles roubam o Red Baron criado pela engenheira Shouko Saeba e sequestram seu pai, o famoso pesquisador Tetsuo Saeba. Ken Kurenai, um garoto que almeja se tornar o campeão mundial desse esporte, se junta a Shouko para recuperar Red Baron e salvar Tetsuo Saeba.

A partir daí, Red Baron foca num formato episódico para contar sua história, com o Ken viajando diferentes locais do mundo para cumprir seus desafios de Metal Fighter e no meio tempo enfrentando inimigos enviados pela organização.

PERSONAGENS

Agora que contextualizei a história, vou falar dos personagens. Red Baron possui muitos personagens, então vou começar falando dos mocinhos.
Primeiro temos o Ken Kurenai, o cara que pilota o Red Baron. É o típico protagonista esquentadinho e que adora lutar e se superar. No começo sabemos quase nada sobre ele, mas depois é revelado sua origem. É um protagonista bem OK, as interações dele com a Shouko são tipo Luffy e Nami, um sendo burro e a outra sensata, e o dilema dele só se sentir vivo quando luta lembra bastante o Joe Yabuki.
A Shouko por sua vez é a criadora e responsável pelos reparos e melhorias do robô. É uma boa personagem e surpreendentemente possui dramas melhores que os do prota.
Acompanhada da Shouko temos o Robby, um pequeno robô criado pela Shouko que auxilia nos reparos. Ele tá sempre no meio do fogo cruzado entre os protagonistas e é muito engraçado ver ele fazendo palhaçada diante de qualquer situação, seja proposital ou não.
O próximo é o Koumei, um lutador de Metal Fighter que no começo é uma espécie de rival do Ken, porém os escritores viram que ele era gente boa demais para isso e fizeram ele ser o mentor do Ken no lugar, responsável por ensinar novas técnicas (só ensinou 1 mesmo). Ele lembra bastante o Shiryu, um cara forte e honrado que vive se sacrificando pelos outros, só faltou se cegar. 
Adiante temos o Kumano, o jornalista que acompanha Ken e companhia em suas viagens. É basicamente a Wikipédia ambulante sobre os lutadores de Metal Fighter, coisa que o Ken devia ser também. É um personagem bem esquecível, tanto que ele ficou uns episódios fora e eu nem percebi. Quando ele não tá informando, ele faz dupla com o Robby nas piadinhas. Às vezes é engraçado.
Por fim, temos o Chuutatsu, outro lutador Metal Fighter e rival do Koumei. Além de forte e honrado, é um personagem muito divertido de acompanhar. Provavelmente meu segundo boneco favorito.

Fora os protagonistas, temos o trio de vilões que vivem bolando planos para derrotar o Ken e roubar o Red Baron. Não vou me estender muito neles.
Eles são o corcunda de Notridame, Dr. Asimov (nome inspirado no escritor Isaac Asimov), a loira fazedora de fanservice, Marylin (inspirada na atriz Marylin Monroe) e o cientista genérico Dr. Freud (o mais óbvio, Sigmund Freud). Os três trabalham para o nada misterioso Kaiser, vilão chefe que toda hora tem seus planos arruinados pelo Red Baron e pela incompetência de seus empregados.

CRÍTICA

Pela minha descrição você deve ter percebido que Red Baron não é um anime que se leva muito a sério, e você não poderia estar mais certo. Quando o assunto não é resgatar o pai da Shouko, Red Baron é pura galhofaria, com os vilões citados acima, e outros personagens secundários, sendo o principal alívio cômico. Funciona algumas vezes, porém eu acho que isso tira a sensação de perigo e tensão que esses caras deveriam trazer. Afinal, eles enfrentam o Red Baron, direta ou indiretamente, então teria que ter um senso de ameaça maior.
Também não ajuda muito o fato do Ken ser um personagem que vive vencendo as lutas. Não existe uma grande estratégia ou reviravolta, quase todas as batalhas dele consistem nele sofrendo uma desvantagem no começo por injustiça ou descuido mesmo, mas no final ele vira o jogo porque ele é o protagonista.

Um ponto positivo de Red Baron é que ele tem boas ideias. O arco final aborda o tema de humanos e tecnologia, as máquinas começam a ter formas orgânicas, estilo EVA (porém sem a profundidade que EVA tem). Outra coisa legal é o robô movido a força de vontade, que é brega, mas funciona porque o estilo do anime permite. Se Red Baron tivesse mais ousadia em levar adiante essas ideias, teríamos um anime incrível.
Outra coisa que Red Baron compensa é a trilha de abertura que é muito cativante e não sai da cabeça (ela toca em todos os episódios como insert, mas não enjoa). As outras faixas de música são boas também, exceto o tema de encerramento que destoa um pouco da série e podia ter outro no lugar em certo ponto.


DUBLAGEM BRASILEIRA

Antes que eu me esqueça, preciso falar um pouco da dublagem BR feita em Miami.
Ela foi traduzida do espanhol e com isso todas as adaptações de nomes e termos vieram junto. O Ken Kurenai virou "Kent Flores" e a Shouko Saeba virou "Sally". Os outros personagens ficaram com nomes parecidos, mas por algum motivo o Chuutatsu virou "Chatatsu", não sei que feitiçaria eles fizeram pra colocar um "a" ali.
É uma dublagem que você espera de Miami, atores falando sem vontade, elenco de voz pequeno, vozinhas de South Park, só coisa boa.

AVALIAÇÃO FINAL

No começo eu pretendia esculachar esse anime, principalmente porque não vi ninguém fazendo isso na net, então isso faria de mim o primeiro... Porém no geral ele é uma representação decente dos clássicos animes de mecha. Hoje em dia ele poderia estar perdido igual estava há alguns anos atrás, mas felizmente ele reapareceu pra matar saudades dos viúvos da Locomotion.

Red Baron é divertido em muitos momentos, meio lento em outros, meio inconsistente também, mas ele sabe entregar boas cenas quando quer. 

Minhas avaliação final é um 6/10.

Aliás, fiz uma tierlist dos mechas:

Super Sonic HQ, alguém lembra?

 Olá meus caros leitores. Estou aqui mais uma vez para tratar de assuntos de extrema relevância para a comunidade geral. Hoje irei falar dum site que não visito há literalmente uma década, e que pensei que estava fora do ar. O site em questão é o "Super Sonic HQ" (música de suspense de fundo).

O motivo para eu ter ficado tanto tempo sem visitar esse site é, além de eu ter crescido, o nome dele que não ajuda a achar ele no google e não é muito memorável com todo respeito.
Por meio do Wayback Machine, um site que preserva conteúdos da internet da maneira que eles eram, minha busca foi facilitada e consegui achar o tal portal. Com isso, resolvi apresentar esse site a vocês, já que ele fez parte da minha infância, assim como várias outras coisas que escrevo nesse blog. Aproveitem o post!

CRIADOR E HISTÓRIA DO SITE 

Antes de falar sobre o site em si, vou contextualizar um pouco sobre o seu criador. Rogério Ferraz da Silva é um quadrinista, ilustrador e animador 2D na Pinguim Content, criadora de alguns desenhos famosos como "Peixonauta" e "O Show da Luna". Ele também possui trabalhos autorais como o "Medalha Zero", lançado em 2018, e é um quadrinho focado em trazer a ação e a ficção científica para a realidade paulistana, palavras do próprio autor.
Além disso, Rogério criou "Super Sonic O Retorno do Death Egg", quadrinho lançado em abril de 2000 e a primeira obra do autor que tive contato. Outras obras do criador estão todas disponíveis no seu blog, clique aqui para conferir.
Atualmente o Rogério trabalha como supervisor de animação e no tempo livre foca nos seus personagens. Ele até mesmo está desenvolvendo um jogo Beat 'em up do Medalha Zero.
Sobre o SuperSonicHQ.org, ele foi criado em 2003 para divulgar o projeto "Super Sonic O Retorno do Death Egg" e acabou evoluindo para um lugar onde fãs de Sonic pudessem divulgar suas artes e HQs. O site precisou ser descontinuado em 2013 e até hoje não há previsões para ele voltar.


SUPER SONIC HQ ATUALMENTE

O site possui apenas um backup hoje em dia e muitas de suas páginas se encontram off, porém, com a ajuda do meu amigo Wayback Machine pude ver o site em sua completude.


Primeiro a página inicial já me causou uma nostalgia indescritível. Essa estrutura de site, com esses gifzinhos de hiperlinks e menu estilizado é algo tão agradável de se ver. Isso aqui é uma época áurea, amigos.
Enfim, antes de falar sobre as HQs em si, vou comentar algumas seções do site. Temos a parte de afiliados, que possui vários banners que te levam para sites relacionados a Sonic, seja jogos ou HQs oficiais. Eu não conferi todos, afinal a maioria tá off e não tem muito o que mexer.
Em seguida temos a área de "Autores das HQs" e aqui começa a ficar engraçado. Fora o Rogério, eu acho que ninguém tinha mais de 15 anos na época. Temos lendas incríveis como MiGuEl The Hedgehog, Dark Shadow e (esse é foda) Dark The LIZARDHOG.

Essas são as fotos dos meliantes. Se você ver algum deles na rua, já sabe... heh >:)

O mais engraçado é que dá pra ver o nome completo, a cidade e até a música favorita de alguns. Curiosamente a maioria tem como jogo favorito Sonic Heroes, além é claro de Final Fantasy Sonic X pra fechar com chave de ouro.

Indo para a parte de Regras do site, temos algumas coisas interessantes. Primeiro, o próprio Roger incentiva seus membros a criarem HQs utilizando sprites e programas de edição como Paint ou Photoshop. Admiro a liberdade que ele ofereceu,  porém isso também fez com que muitas histórias fossem pura fanfic infantil.
Outra coisa sobre as regras, é que os autores poderiam cancelar suas histórias e, consequentemente, elas seriam excluídas do site para economizar espaço. O estranho é que eu não encontrei nenhuma que foi deletada. O próprio site divide as HQs completas das incompletas e das abandonadas, então acho que todas as histórias foram preservadas lá e a ideia de excluí-las não foi pra frente.

Tem também uma parte do site dedicada a mostrar personagens das HQs. Quase todos são recolors de personagens da franquia, principalmente o Sonic, o que lembra muito aquela época dos OCs que todo mundo criava a rodo.
Ah, e temos também o GOAT Sonic Walker.



ANALISANDO AS HQS

Com toda a apresentação feita, vamos falar sobre algumas HQs feitas nesse período de 10 anos em que o site esteve no ar. Elas eram boas? Foram relevantes de alguma forma para a fanbase de Sonic? Será que elas superam as HQs oficiais? Vamos atrás das respostas para essas perguntas!

Super Sonic O Retorno do Death Egg


Escrita e ilustrada por Rogério Ferraz, é a primeira HQ que aparece quando você entra no site. É sem dúvidas a mais profissional de todas e com a melhor história disparado. O enredo se passa provavelmente entre o Sonic 3 e Sonic CD, já que temos Knuckles e Metal Sonic, além de uma menção a Amy. 
As lutas são legaizinhas e cheias de reviravoltas, como o Knuckles escavando a nave do Eggrobo, que é uma característica própria dele. O fato do Metal Sonic ter presença aqui também é ótimo, pois ele é um personagem que eu gostaria que tivesse mais destaque.
Algumas críticas que tenho é em relação ao ritmo. Achei que algumas cenas de ação poderiam ter seu tempo estendido pra dramatizar mais e causar mais impacto. Fora isso, certamente é uma história feita com amor e que me deixou ansioso para ler mais, embora eu ache difícil ela receber uma continuação.

O Herói Possuído


Comic escrita e ilustrada por Geovana Vieira. Essa eu não li na época, provavelmente porque parei acompanhar após 2012, ano em que ela foi publicada.
A história é sobre um vírus criado pelo Eggman que infecta o Sonic e agora ele vira uma espécie de anti-herói que age impulsivamente. Enquanto isso, o verdadeiro Sonic, fora de seu corpo, apenas observa, sendo incapaz de interferir.
A história parece meio edgy, mas há muitos diálogos engraçadinhos e autora manja de onomatopeias e organização de quadros, portanto fica uma leitura surpreendentemente prazerosa. Infelizmente a narrativa termina abruptamente, tendo atualmente apenas 41 páginas e um final em aberto.

Sonic The Hedgehog: The Crazy Time!


Depois de revisitar algumas comics, percebi que muitas se assemelhavam em escrita e visual. Quase todas utilizam sprites da internet para os personagens e balões e efeitos especiais feitos no photoshop ou paint, o que gerava limitações técnicas, mas a criatividade das histórias às vezes compensava. Um desses casos é
 "The Crazy Time!", que lembro ser a minha história favorita desse site.
Escrita e editada pelo Marcelo Henrique Vilela, pseudônimo "Tails X", a história se resume no Eggman convidando o Mephiles (curiosamente já como clone do Shadow) a voltar a ser um vilão e juntos acabarem com o Sonic. No caminho, Eggman cria robôs e androids para matarem o Sonic, um deles tem a aparência do Weegee (internet anos 2000).
A graça dessa comic tá nas referências do YTPBR da época, como o próprio Weegee, Seu Madruga e o meme do "Mah Boy". Se considerarmos o ano em que foi lançado, 2008, é um trabalho decente e com umas piadas boas.

Chaotix: Super Detective Team


Essa aqui não é bem uma comic exclusiva do Super Sonic HQ, mas quis incluir porque ela é legalzinha e foi feita por um brasileiro, mesmo estando na parte em inglês do site.
Criada por Felipe Marcantonio e Mileny Raquel, o quadrinho conta as aventuras do Time Chaotix resolvendo casos criminais como detetives num tom cômico e leve. As interações entre o trio são bem fieis à franquia e pessoalmente gosto muito desses personagens, mesmo eles não tendo tantas aparições nos jogos principais.
O quadrinho foi lançado em 2005 inicialmente, que é a versão que temos no Super Sonic HQ, porém ele foi refeito mais tarde e você pode conferir essa nova versão clicando aqui.


FIM

Algumas comics desse site continuam legais de ler, mas o resto continua sendo uma daquelas partes da internet antiga que são irreplicáveis hoje em dia e merecem ser analisadas dessa perspectiva.
Obrigado por ler até aqui e agora veja essas fanarts boladonas dos membros do site.

Ashura, o Glitch - Nuno Domingues

"Aiôô Silver!" - Lucas Karkle Couto

Sonic Drift - Rogério Ferraz da Silva




Compilado de dicas não tão úteis para scanlators

Exemplo de Mudança de Tamanho de Texto

 Olá a todos os meus 5 leitores, um deles sendo eu mesmo, hoje estou aqui para elencar algumas técnicas de scanlation que uso. Eu posso estar sendo meio presunçoso querendo ensinar scanlators quando eu só tenho 2 anos nesse meio, mas espero que pelo menos você possa tirar proveito de alguma coisa.

Pra quem não sabe, scanlation é o ato de digitalizar, traduzir e editar um quadrinho geralmente sem a permissão do autor.  Scanlation é a combinação das palavras "scan", digitalização, e translation, tradução. Embora muitos grupos tenham "scan" nos seus nomes, a maioria apenas se foca na parte de tradução e edição, pois muitas obras atualmente possuem uma versão digital e é razoavelmente fácil achar uma RAW (versão oficial não traduzida de um mangá) por aí. Com essa apresentação feita, vamos iniciar logo essa bagaça.

Como encontrar e baixar capítulos:¹
Caso precise encontrar uma RAW, eu sugiro procurar no DL-RAW que lá tem muitas mesmo, tem até um canal no telegram onde você pode pedir e os caras vão upar no site, simples assim.
E caso precise baixar os capítulos feitos na gringa, use o HakuNeko Desktop, aplicativo de PC apenas, creio eu.

Dicas para tradução:
Utilize Word para guardar e compartilhar a tradução - muitas pessoas, eu incluso, são acostumadas a usar só o bloco de notas para compartilhar a tradução, mas se compararmos com o word, a única vantagem do bloco é que ele é mais simples e prático, eu acho. O word possui o corretor de texto, é possível editar livremente certas partes ou todo o texto, dá pra adiconar comentários sem que eles ocupem espaço, é mais bonito visualmente, etc. e etc.

Não traduza literalmente - isso você já deve saber, mas muitas pessoas não o fazem, às vezes por ignorância ou por usarem aplicativos de tradução. Traduzir coisas como "after all" para "depois de tudo" é pra mim um erro crasso e fica ainda pior quando toda a tradução é desse nível. Isso não devia nem ser uma dica, mas sim uma regra. Eu ainda posso conectar isso com a próxima sessão que é...
Traduza naturalmente, adaptando o texto da melhor forma - às vezes o texto da gringa é prolixo ou simplesmente tem erros, então não faz sentido manter isso na tradução. Eu gosto de traduzir pensando em como aquela fala seria dita num contexto equivalente brasileiro, sabe? 
tipo nesse quadro de "Kamen Boxer" eu fiz o cara falar "chazinho" porque sim. Simplesmente achei engraçado e adequado.

ou nesse diálogo de "Giant Spider & Me: A Post-Apocalyptic Tale".Gostei muito da forma que a conversa fluiu. Essa personagem de preto em específico fala de uma maneira bem solta, então eu podia ser mais solto também.

E é claro que eu erro às vezes, ainda tô aprendendo bastante coisa, então mesmo esses dois mangás têm falas que eu mudaria hoje em dia. Enfim, apenas leve em conta o contexto na hora de traduzir, falas mais soltas não funcionam em momentos sérios, obviamente. Fora isso seja consistente, busque outras scans para entender melhor um diálogo e etc.

Dicas para edição:
Edição é uma parte do scanlation que você tem que gostar muito de fazer, senão vai ser sofrido. Pra começar, edição pode ser mais tranquilo ou pesado de fazer, tudo depende das escolhas que você fizer, e eu vou explicar melhor isso adiante.

Bubble mask action pra clean (limpeza de textos) - eu praticamente fiz esse post apenas pra informar você disso. Limpar balões pode ser uma tarefa chata, mas não tema, pois agora você possui uma ferramenta automática para isso.
Funciona da seguinte forma, você vai em "carregar ação" no photoshop (o programa que acredito que você já deve ter instalado) e carrega o arquivo logo abaixo. Então você só precisa usar a varinha mágica para selecionar os balões e apertar um tecla atalho pra executar a ação. Veja esse vídeo de um br gravado numa qualidade duvidosa em caso de dúvidas.




inclusive, essa parte das ações é bem útil caso você precise repetir uma tarefa em todas as imagens. Só crie um comando pra isso e vai passando imagem por imagem.

Técnicas pra arrasar no redraw (redesenho) - se você for um infeliz, sem vida e psicopata, você pode optar por apagar todos os textos que cobrem parte da imagem do seu mangá e redesenhar o que ficou em branco.
                                sem redraw                                                                 com redraw 💀   

Como você deve ter percebido, eu tenho um certo ódio com essa parte porque é muito trabalhosa e no fim o leitor nem vai dar bola. Portanto, hoje em dia só faço se for rápido e eficiente. Mas enfim, use a função "preenchimento com reconhecimento de conteúdo" na parte "editar" do photoshop, ela faz justamente o que tá no nome, preenche partes da imagem com o conteúdo ao redor. Nem sempre fica perfeito, mas se você souber usar, pode dar bom. Recomendo baixar o photoshop 19 pra frente, pois as versões antigas não têm essa função (acho).
Ano passado lançou um photo com uma IA que fazia um trabalha muito melhor, porém creio que ele não está mais disponível por métodos alternativos.
Outra dica é simplesmente pôr o texto por cima da parte apagada e redesenhar somente o que sobrar, bem prático.

Técnicas e ferramentas pro typesetting (adicionar textos) - Antes de adicionar os textos, você precisa cuidar no tamanho e estilo da fonte. Às vezes a fonte pode estar serrilhada porque você não selecionou a opção "suave" no cabeçalho, ou também o texto pode estar num tom levemente acizentado, e só depois você percebe, ou ainda o tamanho está muito pequeno para ser lido... enfim, um bocado de coisas podem acontecer.
Nesse sentido, afim de evitar erros, eu recomendo usar o TyperTools. Ele é uma extensão do photoshop que simplifica o processo de colocar, ajustar e estilizar os textos. Tudo o que você precisa fazer é abrir o arquivo com o photoshop aberto (no meu caso a versão que eu tenho e funcionou é a de 2021, 22.5.1) e clicar na parte "janela", depois "extensões (herdado)". Depois é só adicionar o estilos e meter marcha.



Além disso, como os textos japoneses são escritos de cima pra baixo (pelo menos eu acho que é assim pra todos os mangás) os balões vão acabar sendo esticados verticalmente e difíceis de encaixar textos inteiros. Nesses casos você só coloca uma borda branca ao redor da fala ou "achata" ela horizontalmente
nesse caso eu fiz os dois, ficou legal

Se você estiver procurando por fontes, recomendo pedir para outros grupos scanlators. É certeza que eles vão mandar um pack inteiro.

Aliás, uma coisa que esqueci de dizer antes é para você se certificar que a imagem está no modo "tons de cinza" ao invés de "cores RGB". Apesar que todas as imagens que baixo já vêm com essa opção selecionada.

Como salvar várias páginas de uma só vez no photoshop²
Simples meu pequeno macaquinho, clique em "arquivo", vá em "scripts" e depois em "processador de imagens" no photoshop, aí é só selecionar salvar como JPEG e PSD, se precisar. Caso queira salvar em png, crie uma ação e depois vá em Arquivo - Automatizar - Lote e selecione a ação que salvará em png. Tô com preguiça de explicar como cria ação, veja os vídeos lá.

Dicas para upar, compartilhar e divulgar:
O site que eu vejo o pessoal mais usando pra upar é o mangadex e digo por experiência própria que deve ser o melhor site atualmente. E claro, lembre-se de conferir se as páginas estão certas e tals tals.
Pra compartilhar arquivos eu recomendo primeiro compactar e mandar por um google drive da vida, se precisar.
Muitos servidores de discord deixam um canal livre pra você anunciar seus capítulos, mas eu não acho muito viável. O melhor seria você divulgar seus projetos ou scan em parceria com outros servidores populares, pois assim sua mensagem ficará mais tempo visível.


fim dessa bagaça
Acho que era só isso. Comente aí o que você achou do post e o que na sua opinião faltou eu falar.
Ultimamente eu tava com preguiça de escrever qualquer coisa aqui, mas depois de ver um vídeo do ludoviajante eu me sinto melhor pra voltar e espalhar achismos esperando que alguém leia isso.

Nota: os tópicos com ¹ e ² foram adicionados depois, pois esqueci de falar deles.

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