Bom, como deu pra ver pelo título, nesse post eu estarei falando de alguns fatos e curiosidades curiosas sobre um dos meus mangás favoritos, Majokko Tsukune-chan. Eu passei a gostar de Majokko quando vi o anime e fui conferir o mangá só anos depois quando montei minha equipe scanlation pra traduzir umas obras velhas e nichadas. E se você não entendeu até agora o que tô falando... Então você provavelmente caiu no blog errado.
Esse post conterá alguns spoilers leves de Majokko, tome cuidado lendo.
Mas o que é Majokko Tsukune-chan?
Você provavelmente já conhece Majokko, então pode pular esse parágrafo se quiser, mas pra quem não conhece e pra não deixar de ser formal, aqui vai um geralzão: Majokko Tsukune-chan é um mangá seinen de comédia escrito e ilustrado por Hiroaki Magari entre os anos de 2003 e 2012, sendo serializado nas revistas Young Magazine Uppers, entre 2003 a 2004, e na Shounen Monthly Sirius em 2005, para mais tarde migrar para o digital.
O quadrinho conta as aventuras de Tsukune, uma jovem bruxa que possui boas intenções, mas sempre acaba fazendo alguma coisa de errada quando tenta ajudar alguém.
O mangá rendeu 3 volumes físicos e um anime de 6 episódios, 13 minutos cada, que adapta algumas histórias dos dois primeiros volumes e serviu para atrair mais pessoas para comprar o terceiro. Tanto o anime quanto o mangá são hoje conteúdo de nicho, então poucas pessoas conhecem ele fora do Japão (e muito provavelmente nem os japas conhecem isso).
Majokko é uma paródia de mahou shoujo, o gênero de garotas mágicas dos animes, tipo Sailor Moon, Sakura Cardcaptors e Guerreiras Mágicas de Rayearth.
Bom, com essa intro feita acho que posso começar o post. Vamos lá. E não esqueçam de dar o like, compartilhar e se inscrever no botão vermelho guys.
Mascote fantasma da Tsukune - o mascote da Tsukune é morto pela mesma no primeiro capítulo. E embora no mangá ele só reapareça como fantasma uma vez, que no caso é uma página depois de ser churrascado, no anime ele vira uma piada recorrente (até o segundo episódio) aparecendo às vezes meio escondido, e às vezes não.
pela expressão dele ele não deve estar muito contente no pós-vida.
O Prefeito não tem nome - o Prefeito é um dos personagens principais do mangá de Majokko Tsukune-chan, aparecendo pela primeira vez no capítulo 2. Desde lá, ele participou de várias aventuras, mas nunca teve seu nome revelado, nem mesmo nas sequências (até onde eu li). Provavelmente isso faz parte da piada de ninguém se importar com ele.
Haruko Momoi - ela é a dubladora da Tsukune e curiosamente ela dublou a Komugi em Soultaker de 2004. O engraçado disso é que as duas são garotas mágicas que parodiam esse estereótipo.
Onda de paródias de mahou shoujo nos anos 2000 - nos anos 2000 tivemos um número maior de animes e mangás que parodiavam os mahou shoujo da vida. Alguns exemplos que consigo pensar são Dokuro de 2005, Dai Mahou Touge de 2006, Soultaker que já citei antes, e um mais desconhecido pra não perder o costume, Tenbatsu Angel Rabbie de 2004.
Porém essa moda meio que ainda continua, hoje em dia temos animes como Magical Girl Magical Destroyers e Mahou Shoujo ni Akogarete que parecem ser paródias de mahou shoujo também, mas é curioso pensar que naquela década coincidentemente surgiram tantos animes/mangás com propostas semelhantes.
Sons aleatórios - *ahem* voltando a falar de majokko. O anime colocou uns SFXs engraçados em algumas ações. Tipo, a Tsukune ergue um braço e isso faz um som de robô, ou o prefeito tá correndo e de fundo toca umas sanfonas. Isso obviamente é pra gerar humor e várias comédias fazem isso, mas, ainda assim, é difícil não estranhar algumas escolhas.
Os pais da Tsukune - nunca vemos como são ou quem são os pais da Tsukune. Tudo o que sabemos é que: 1 - eles mandam cartas pra ela; 2 - eles são bem direto ao ponto nas conversas; 3 - a Kokoro provavelmente vive com eles, já que eles avisam na carta que ela está indo visitar a Tsukune.
Após isso nunca mais há menção sobre eles. Eu cheguei a ler uns capítulos do Majokko Tsukune-chan Plus, mas não tive sucesso nessa procura.
eu tenho a impressão que essa imagem deles é referência a alguma obra...
Majokko Tsukune-chan se passa numa monarquia - ou talvez seja uma monarquia constitucional tipo do Reino Unido, mas não acho, pois no último capítulo a Tsukune comenta que, sim, o mangá se passa numa monarquia.
De onde veio a ideia para Majokko Tsukune-chan? - Magari teve a ideia do seu mangá devido aos rabiscos que ele fazia em seu caderno durante as aulas. Isso é revelado na sequência de majokko, o Majokko Tsukune-chan Plus, nas páginas em que o autor fala um pouco sobre como foi escrever e serializar um mangá.
Mangá 4-Koma rejeitado - já nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que enviou dois projetos para os editores analisarem. Um foi majokko e o outro foi um 4-koma sem nome. Majokko foi aceito, mas não temos informações sobre como era o outro projeto. Tudo o que podemos deduzir é que ele teria uma protagonista feminina baseado nessa ilustração.
num universo alternativo...
Magari não sabia que majokko seria publicado - esse é um tópico meio complicado, porque, novamente nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que aceitou mandar mais capítulos para os editores publicarem, mas ele não esperava que esses mesmos capítulos seriam serializados. Talvez ele estivesse pensando que aqueles capítulos seriam apenas analisados pelos editores, o que explica eles serem tão simples e até meio pobres em arte.
Inspiração pro Prefeito - De acordo com Hiroaki Magari em uma entrevista, o Prefeito foi inspirado no Mike Haggar de Final Fight. Sabe, aquele jogo beat 'em up de arcade que depois foi lançado no super nintendo.
Chururira - essa é a palavra que aparece junto da numeração de todos os capítulos do primeiro e segundo volume de Majokko. Curiosamente os volumes seguintes deixam de usar ela. Eu não consegui encontrar o significado de chururira na internet, provavelmente não deve ter nenhum mesmo.
Majokko tem 45 capítulos - sim, você não leu errado. Majokko tem 45 histórias com títulos próprios nos seus primeiros 2 volumes. O motivo para muitos sites de rastreamento de mídia registrarem apenas 31 capítulos é porque eles usam o Majokko Tsukune-chan Yoseatsume como base, uma compilação de apenas algumas histórias do mangá original.
Erro no título - nas páginas finais do segundo volume de majokko, Magari revela que seu designer errou o título do mangá na capa por um kanji. Por sorte ele percebeu isso antes que o volume fosse publicado, o que deu pra corrigir e ficar do jeito que conhecemos. "Majokko" com "ko" de "menina", embora o "子" também tenha esse significado.
Inspiração para o nome "Tsukune" - o nome da Tsukune é referência a um prato japonês de mesmo nome. ele é basicamente um espetinho de frango. Essa piada com nomes continua no Plus. Lá conhecemos a irmã mais velha da Tsukune que se chama Seseri, que é "asinha de frango" em japonês.
男装っ娘いすぴんちゃん - Dansoukko Isupin-chan é uma recriação da abertura e de uns trechos de majokko com os personagens do MMORPG Tales Weaver, lançada no niconicovideo em 2009. O clipe é muito bem feito, só não sei o motivo pro cara ter escolhido logo majokko. Caso queira conferir, clique aqui.
Fondo - Fondo é o nome do boneco de argila que aparece na abertura do anime de Majokko Tsukune-chan por uns segundos. Sakurai menciona que seu filho adora esse personagem, embora tenha medo do monstro de argila do último episódio.
O motivo pro anime ter tantos trechos feitos em argila é porque o Sakurai estava com tempo livre e com o storyboard do último episódio em mãos, então ele decidiu ajudar criando essa pseudo animação de argila. Sakurai estava tão confiante com o resultado final que fez a Kokoro dizer na prévia do próximo episódio: "essa é uma história do mangá, dessa vez não tem como você ficar bravo".
falar a verdade, eu nunca reparei nesse bicho até agora kklkkkkkkkk
Magari trabalhou no anime de Sexy Commando - numa entrevista do Hiroaki Sakurai, o diretor do anime de majokko, ele conta que na primeira vez que encontrou com Magari os dois conversaram sobre a adaptação de majokko, e Magari menciona que quando ele trabalhava em Sexy Commando, provavelmente na parte dos storyboards, ele mantinha alguns trechos de animação que seus superiores pediam para cortar. Ele relembra isso brincando, pois o Sakurai, diretor de majokko, estava cortando muitas cenas do mangá para deixar o OVA mais curto e condensado possível. Caso esteja interessado na entrevista, clique aqui.
triste pensar que daqui uns anos a juventude não saberá a relação entre esses dois personagens...
Jogos e PVs em FLASH de Majokko Tsukune-chan - majokko teve alguns jogos de plataforma e uns PVs animados com músicas de fundo, todas cantadas pela Haruko Momoi. Os clipes musicais que encontrei foram dois, o "Magical Magic Girl", lançado em 2009 no nico video, e o "Tsuki to Hoshi no Uta", lançado em 2012 no canal do youtube da Kodansha. Os dois foram animados, dirigidos e editados pelo Magari, além de ser ele quem escreveu as letras. Os jogos eu não consegui encontrar porque o flash não está mais ativo, porém você pode conferir como eles eram aqui. Essas animações e jogos receberam o nome de Majokko Tsukune-chan SFW.
Momento fatídico na vida da Momoi como dubladora - em uma entrevista da Haruko Momoi, ela conta que uma vez ela entrou em um estúdio para gravar um projeto, porém foi no horário errado, pois a gravação só começaria 1 hora mais tarde e ela não tinha sido avisada. Coincidentemente, o produtor, Toshimichi Ootsuki, chegou junto dela, assim os dois conversaram e ele apresentou o mangá de majokko pra ela, a obra que ele estava planejando adaptar para anime. Momoi não foi contratada logo de cara, mas graças a esse encontro ela ganhou a chance de dublar a Tsukune mais tarde.
Momoi também diz que esse trabalho foi memorável, já que, diferente dos seus papéis anteriores de garotas mágicas, a Tsukune era mais calma e resiliente, então isso serviu de aprendizado e melhoria na atuação dela.
Figurante com cara de idiota - tem um certo figurante careca e com uma expressão facial simples que aparece em vários capítulos do mangá, além de fazer aparições no anime. Não sabemos se em todos esses casos ele é o mesmo personagem, só sei que ele recebeu destaque o suficiente para aparecer na imagem de comemoração do 20° capítulo lançado. Ele tá meio escondido lá no canto direito.
Enfim terminamos. Confesso que tive apagar vários tópicos irrelevantes ou que fugiam um pouco do assunto, porém olhando o resultado final acho que ainda tem coisas pra tirar.
Espero que tenha gostado. Esse é possivelmente meu post mais longo até agora (pelo menos o roteiro levou algum tempo pra fazer) e eu até me diverti escrevendo e pesquisando. Talvez devesse ter passado mais tempo pesquisando pra trazer informações de qualidade, porém honestamente, esse roteiro já tava acumulando poeira, então antes ele sair mediano do que nunca.
Caso queira as fontes que usei, aqui estão: https://www.wikiwand.com/ja/魔女っ娘つくねちゃん
Mecha é a abreviação da palavra "mecânico" e se refere a um robô gigante com traços humanos que combate monstros ou mechas rivais. Nos animes, o gênero ganhou bastante popularidade na década de 70, principalmente com o lançamento de Mazinger Z, que inovou ao adicionar pilotos que controlam o robô internamente e também ataques clássicos como o soco-foguete.
Agora, imagine como seria um mecha estilo Mazinger Z misturado com Ashita no Joe. Ou então, como seria se Gurren Laggan tivesse 49 episódios e fosse feito nos anos 90. Pois é sobre esse anime que irei comentar hoje. Apresento a vocês, Red Baron!!!
Inicialmente, Super Robot Red Baron era uma série japonesa de 39 episódios no estilo tokusatsu e mecha, transmitida entre 1973 e 1974. A série surfou na onda do Go Nagai, mas optou por contar uma história mais tensa e dramática, diferente de Mazinger que é pura loucura.
Mais tarde, em 1994, Red Baron voltou e dessa vez em animação, com uma nova história e diferentes personagens, praticamente outra obra. O anime de Red Baron foi produzido pela Tokyo Movie Shinsha e dirigido por Akio Sakai (diretor chefe). Num geral a equipe de produção é até boa.
RESUMINDO O ANIME
A história de Red Baron é a seguinte, no futurístico ano de 2020, os avanços tecnológicos permitiram a criação de robôs gigantes chamados "Metal Fighters", que competem num evento esportivo internacional para decidir o robô mais forte de todos. No entanto, a organização do mal "Máscara de Ferro" planeja roubar esses robôs para fins malignos. Assim sendo, eles roubam o Red Baron criado pela engenheira Shouko Saeba e sequestram seu pai, o famoso pesquisador Tetsuo Saeba. Ken Kurenai, um garoto que almeja se tornar o campeão mundial desse esporte, se junta a Shouko para recuperar Red Baron e salvar Tetsuo Saeba.
A partir daí, Red Baron foca num formato episódico para contar sua história, com o Ken viajando diferentes locais do mundo para cumprir seus desafios de Metal Fighter e no meio tempo enfrentando inimigos enviados pela organização.
PERSONAGENS
Agora que contextualizei a história, vou falar dos personagens. Red Baron possui muitos personagens, então vou começar falando dos mocinhos.
Primeiro temos o Ken Kurenai, o cara que pilota o Red Baron. É o típico protagonista esquentadinho e que adora lutar e se superar. No começo sabemos quase nada sobre ele, mas depois é revelado sua origem. É um protagonista bem OK, as interações dele com a Shouko são tipo Luffy e Nami, um sendo burro e a outra sensata, e o dilema dele só se sentir vivo quando luta lembra bastante o Joe Yabuki.
A Shouko por sua vez é a criadora e responsável pelos reparos e melhorias do robô. É uma boa personagem e surpreendentemente possui dramas melhores que os do prota.
Acompanhada da Shouko temos o Robby, um pequeno robô criado pela Shouko que auxilia nos reparos. Ele tá sempre no meio do fogo cruzado entre os protagonistas e é muito engraçado ver ele fazendo palhaçada diante de qualquer situação, seja proposital ou não.
O próximo é o Koumei, um lutador de Metal Fighter que no começo é uma espécie de rival do Ken, porém os escritores viram que ele era gente boa demais para isso e fizeram ele ser o mentor do Ken no lugar, responsável por ensinar novas técnicas (só ensinou 1 mesmo). Ele lembra bastante o Shiryu, um cara forte e honrado que vive se sacrificando pelos outros, só faltou se cegar.
Adiante temos o Kumano, o jornalista que acompanha Ken e companhia em suas viagens. É basicamente a Wikipédia ambulante sobre os lutadores de Metal Fighter, coisa que o Ken devia ser também. É um personagem bem esquecível, tanto que ele ficou uns episódios fora e eu nem percebi. Quando ele não tá informando, ele faz dupla com o Robby nas piadinhas. Às vezes é engraçado.
Por fim, temos o Chuutatsu, outro lutador Metal Fighter e rival do Koumei. Além de forte e honrado, é um personagem muito divertido de acompanhar. Provavelmente meu segundo boneco favorito.
Fora os protagonistas, temos o trio de vilões que vivem bolando planos para derrotar o Ken e roubar o Red Baron. Não vou me estender muito neles.
Eles são o corcunda de Notridame, Dr. Asimov (nome inspirado no escritor Isaac Asimov), a loira fazedora de fanservice, Marylin (inspirada na atriz Marylin Monroe) e o cientista genérico Dr. Freud (o mais óbvio, Sigmund Freud). Os três trabalham para o nada misterioso Kaiser, vilão chefe que toda hora tem seus planos arruinados pelo Red Baron e pela incompetência de seus empregados.
CRÍTICA
Pela minha descrição você deve ter percebido que Red Baron não é um anime que se leva muito a sério, e você não poderia estar mais certo. Quando o assunto não é resgatar o pai da Shouko, Red Baron é pura galhofaria, com os vilões citados acima, e outros personagens secundários, sendo o principal alívio cômico. Funciona algumas vezes, porém eu acho que isso tira a sensação de perigo e tensão que esses caras deveriam trazer. Afinal, eles enfrentam o Red Baron, direta ou indiretamente, então teria que ter um senso de ameaça maior.
Também não ajuda muito o fato do Ken ser um personagem que vive vencendo as lutas. Não existe uma grande estratégia ou reviravolta, quase todas as batalhas dele consistem nele sofrendo uma desvantagem no começo por injustiça ou descuido mesmo, mas no final ele vira o jogo porque ele é o protagonista.
Um ponto positivo de Red Baron é que ele tem boas ideias. O arco final aborda o tema de humanos e tecnologia, as máquinas começam a ter formas orgânicas, estilo EVA (porém sem a profundidade que EVA tem). Outra coisa legal é o robô movido a força de vontade, que é brega, mas funciona porque o estilo do anime permite. Se Red Baron tivesse mais ousadia em levar adiante essas ideias, teríamos um anime incrível.
Outra coisa que Red Baron compensa é a trilha de abertura que é muito cativante e não sai da cabeça (ela toca em todos os episódios como insert, mas não enjoa). As outras faixas de música são boas também, exceto o tema de encerramento que destoa um pouco da série e podia ter outro no lugar em certo ponto.
DUBLAGEM BRASILEIRA
Antes que eu me esqueça, preciso falar um pouco da dublagem BR feita em Miami.
Ela foi traduzida do espanhol e com isso todas as adaptações de nomes e termos vieram junto. O Ken Kurenai virou "Kent Flores" e a Shouko Saeba virou "Sally". Os outros personagens ficaram com nomes parecidos, mas por algum motivo o Chuutatsu virou "Chatatsu", não sei que feitiçaria eles fizeram pra colocar um "a" ali.
É uma dublagem que você espera de Miami, atores falando sem vontade, elenco de voz pequeno, vozinhas de South Park, só coisa boa.
AVALIAÇÃO FINAL
No começo eu pretendia esculachar esse anime, principalmente porque não vi ninguém fazendo isso na net, então isso faria de mim o primeiro... Porém no geral ele é uma representação decente dos clássicos animes de mecha. Hoje em dia ele poderia estar perdido igual estava há alguns anos atrás, mas felizmente ele reapareceu pra matar saudades dos viúvos da Locomotion.
Red Baron é divertido em muitos momentos, meio lento em outros, meio inconsistente também, mas ele sabe entregar boas cenas quando quer.
Olá meus caros leitores. Estou aqui mais uma vez para tratar de assuntos de extrema relevância para a comunidade geral. Hoje irei falar dum site que não visito há literalmente uma década, e que pensei que estava fora do ar. O site em questão é o "Super Sonic HQ" (música de suspense de fundo).
O motivo para eu ter ficado tanto tempo sem visitar esse site é, além de eu ter crescido, o nome dele que não ajuda a achar ele no google e não é muito memorável com todo respeito.
Por meio do Wayback Machine, um site que preserva conteúdos da internet da maneira que eles eram, minha busca foi facilitada e consegui achar o tal portal. Com isso, resolvi apresentar esse site a vocês, já que ele fez parte da minha infância, assim como várias outras coisas que escrevo nesse blog. Aproveitem o post!
CRIADOR E HISTÓRIA DO SITE
Antes de falar sobre o site em si, vou contextualizar um pouco sobre o seu criador. Rogério Ferraz da Silva é um quadrinista, ilustrador e animador 2D na Pinguim Content, criadora de alguns desenhos famosos como "Peixonauta" e "O Show da Luna". Ele também possui trabalhos autorais como o "Medalha Zero", lançado em 2018, e é um quadrinho focado em trazer a ação e a ficção científica para a realidade paulistana, palavras do próprio autor.
Além disso, Rogério criou "Super Sonic O Retorno do Death Egg", quadrinho lançado em abril de 2000 e a primeira obra do autor que tive contato. Outras obras do criador estão todas disponíveis no seu blog, clique aqui para conferir.
Atualmente o Rogério trabalha como supervisor de animação e no tempo livre foca nos seus personagens. Ele até mesmo está desenvolvendo um jogo Beat 'em up do Medalha Zero.
Sobre o SuperSonicHQ.org, ele foi criado em 2003 para divulgar o projeto "Super Sonic O Retorno do Death Egg" e acabou evoluindo para um lugar onde fãs de Sonic pudessem divulgar suas artes e HQs. O site precisou ser descontinuado em 2013 e até hoje não há previsões para ele voltar.
SUPER SONIC HQ ATUALMENTE
O site possui apenas um backup hoje em dia e muitas de suas páginas se encontram off, porém, com a ajuda do meu amigo Wayback Machine pude ver o site em sua completude.
Primeiro a página inicial já me causou uma nostalgia indescritível. Essa estrutura de site, com esses gifzinhos de hiperlinks e menu estilizado é algo tão agradável de se ver. Isso aqui é uma época áurea, amigos.
Enfim, antes de falar sobre as HQs em si, vou comentar algumas seções do site. Temos a parte de afiliados, que possui vários banners que te levam para sites relacionados a Sonic, seja jogos ou HQs oficiais. Eu não conferi todos, afinal a maioria tá off e não tem muito o que mexer.
Em seguida temos a área de "Autores das HQs" e aqui começa a ficar engraçado. Fora o Rogério, eu acho que ninguém tinha mais de 15 anos na época. Temos lendas incríveis como MiGuEl The Hedgehog, Dark Shadow e (esse é foda) Dark The LIZARDHOG.
Essas são as fotos dos meliantes. Se você ver algum deles na rua, já sabe... heh >:)
O mais engraçado é que dá pra ver o nome completo, a cidade e até a música favorita de alguns. Curiosamente a maioria tem como jogo favorito Sonic Heroes, além é claro de Final Fantasy Sonic X pra fechar com chave de ouro.
Indo para a parte de Regras do site, temos algumas coisas interessantes. Primeiro, o próprio Roger incentiva seus membros a criarem HQs utilizando sprites e programas de edição como Paint ou Photoshop. Admiro a liberdade que ele ofereceu, porém isso também fez com que muitas histórias fossem pura fanfic infantil.
Outra coisa sobre as regras, é que os autores poderiam cancelar suas histórias e, consequentemente, elas seriam excluídas do site para economizar espaço. O estranho é que eu não encontrei nenhuma que foi deletada. O próprio site divide as HQs completas das incompletas e das abandonadas, então acho que todas as histórias foram preservadas lá e a ideia de excluí-las não foi pra frente.
Tem também uma parte do site dedicada a mostrar personagens das HQs. Quase todos são recolors de personagens da franquia, principalmente o Sonic, o que lembra muito aquela época dos OCs que todo mundo criava a rodo.
Ah, e temos também o GOAT Sonic Walker.
ANALISANDO AS HQS
Com toda a apresentação feita, vamos falar sobre algumas HQs feitas nesse período de 10 anos em que o site esteve no ar. Elas eram boas? Foram relevantes de alguma forma para a fanbase de Sonic? Será que elas superam as HQs oficiais? Vamos atrás das respostas para essas perguntas!
Super Sonic O Retorno do Death Egg
Escrita e ilustrada por Rogério Ferraz, é a primeira HQ que aparece quando você entra no site. É sem dúvidas a mais profissional de todas e com a melhor história disparado. O enredo se passa provavelmente entre o Sonic 3 e Sonic CD, já que temos Knuckles e Metal Sonic, além de uma menção a Amy.
As lutas são legaizinhas e cheias de reviravoltas, como o Knuckles escavando a nave do Eggrobo, que é uma característica própria dele. O fato do Metal Sonic ter presença aqui também é ótimo, pois ele é um personagem que eu gostaria que tivesse mais destaque.
Algumas críticas que tenho é em relação ao ritmo. Achei que algumas cenas de ação poderiam ter seu tempo estendido pra dramatizar mais e causar mais impacto. Fora isso, certamente é uma história feita com amor e que me deixou ansioso para ler mais, embora eu ache difícil ela receber uma continuação.
O Herói Possuído
Comic escrita e ilustrada por Geovana Vieira. Essa eu não li na época, provavelmente porque parei acompanhar após 2012, ano em que ela foi publicada.
A história é sobre um vírus criado pelo Eggman que infecta o Sonic e agora ele vira uma espécie de anti-herói que age impulsivamente. Enquanto isso, o verdadeiro Sonic, fora de seu corpo, apenas observa, sendo incapaz de interferir.
A história parece meio edgy, mas há muitos diálogos engraçadinhos e autora manja de onomatopeias e organização de quadros, portanto fica uma leitura surpreendentemente prazerosa. Infelizmente a narrativa termina abruptamente, tendo atualmente apenas 41 páginas e um final em aberto.
Sonic The Hedgehog: The Crazy Time!
Depois de revisitar algumas comics, percebi que muitas se assemelhavam em escrita e visual. Quase todas utilizam sprites da internet para os personagens e balões e efeitos especiais feitos no photoshop ou paint, o que gerava limitações técnicas, mas a criatividade das histórias às vezes compensava. Um desses casos é "The Crazy Time!", que lembro ser a minha história favorita desse site.
Escrita e editada pelo Marcelo Henrique Vilela, pseudônimo "Tails X", a história se resume no Eggman convidando o Mephiles (curiosamente já como clone do Shadow) a voltar a ser um vilão e juntos acabarem com o Sonic. No caminho, Eggman cria robôs e androids para matarem o Sonic, um deles tem a aparência do Weegee (internet anos 2000).
A graça dessa comic tá nas referências do YTPBR da época, como o próprio Weegee, Seu Madruga e o meme do "Mah Boy". Se considerarmos o ano em que foi lançado, 2008, é um trabalho decente e com umas piadas boas.
Chaotix: Super Detective Team
Essa aqui não é bem uma comic exclusiva do Super Sonic HQ, mas quis incluir porque ela é legalzinha e foi feita por um brasileiro, mesmo estando na parte em inglês do site.
Criada por Felipe Marcantonio e Mileny Raquel, o quadrinho conta as aventuras do Time Chaotix resolvendo casos criminais como detetives num tom cômico e leve. As interações entre o trio são bem fieis à franquia e pessoalmente gosto muito desses personagens, mesmo eles não tendo tantas aparições nos jogos principais.
O quadrinho foi lançado em 2005 inicialmente, que é a versão que temos no Super Sonic HQ, porém ele foi refeito mais tarde e você pode conferir essa nova versão clicando aqui.
FIM
Algumas comics desse site continuam legais de ler, mas o resto continua sendo uma daquelas partes da internet antiga que são irreplicáveis hoje em dia e merecem ser analisadas dessa perspectiva.
Obrigado por ler até aqui e agora veja essas fanarts boladonas dos membros do site.
Olá a todos os meus 5 leitores, um deles sendo eu mesmo, hoje estou aqui para elencar algumas técnicas de scanlation que uso. Eu posso estar sendo meio presunçoso querendo ensinar scanlators quando eu só tenho 2 anos nesse meio, mas espero que pelo menos você possa tirar proveito de alguma coisa.
Pra quem não sabe, scanlation é o ato de digitalizar, traduzir e editar um quadrinho geralmente sem a permissão do autor. Scanlation é a combinação das palavras "scan", digitalização, e translation, tradução. Embora muitos grupos tenham "scan" nos seus nomes, a maioria apenas se foca na parte de tradução e edição, pois muitas obras atualmente possuem uma versão digital e é razoavelmente fácil achar uma RAW (versão oficial não traduzida de um mangá) por aí. Com essa apresentação feita, vamos iniciar logo essa bagaça.
Como encontrar e baixar capítulos:¹
Caso precise encontrar uma RAW, eu sugiro procurar no DL-RAW que lá tem muitas mesmo, tem até um canal no telegram onde você pode pedir e os caras vão upar no site, simples assim.
E caso precise baixar os capítulos feitos na gringa, use o HakuNeko Desktop, aplicativo de PC apenas, creio eu.
Dicas para tradução:
Utilize Word para guardar e compartilhar a tradução - muitas pessoas, eu incluso, são acostumadas a usar só o bloco de notas para compartilhar a tradução, mas se compararmos com o word, a única vantagem do bloco é que ele é mais simples e prático, eu acho. O word possui o corretor de texto, é possível editar livremente certas partes ou todo o texto, dá pra adiconar comentários sem que eles ocupem espaço, é mais bonito visualmente, etc. e etc.
Não traduza literalmente - isso você já deve saber, mas muitas pessoas não o fazem, às vezes por ignorância ou por usarem aplicativos de tradução. Traduzir coisas como "after all" para "depois de tudo" é pra mim um erro crasso e fica ainda pior quando toda a tradução é desse nível. Isso não devia nem ser uma dica, mas sim uma regra. Eu ainda posso conectar isso com a próxima sessão que é...
Traduza naturalmente, adaptando o texto da melhor forma - às vezes o texto da gringa é prolixo ou simplesmente tem erros, então não faz sentido manter isso na tradução. Eu gosto de traduzir pensando em como aquela fala seria dita num contexto equivalente brasileiro, sabe?
tipo nesse quadro de "Kamen Boxer" eu fiz o cara falar "chazinho" porque sim. Simplesmente achei engraçado e adequado.
ou nesse diálogo de "Giant Spider & Me: A Post-Apocalyptic Tale".Gostei muito da forma que a conversa fluiu. Essa personagem de preto em específico fala de uma maneira bem solta, então eu podia ser mais solto também.
E é claro que eu erro às vezes, ainda tô aprendendo bastante coisa, então mesmo esses dois mangás têm falas que eu mudaria hoje em dia. Enfim, apenas leve em conta o contexto na hora de traduzir, falas mais soltas não funcionam em momentos sérios, obviamente. Fora isso seja consistente, busque outras scans para entender melhor um diálogo e etc.
Dicas para edição:
Edição é uma parte do scanlation que você tem que gostar muito de fazer, senão vai ser sofrido. Pra começar, edição pode ser mais tranquilo ou pesado de fazer, tudo depende das escolhas que você fizer, e eu vou explicar melhor isso adiante.
Bubble mask action pra clean (limpeza de textos) - eu praticamente fiz esse post apenas pra informar você disso. Limpar balões pode ser uma tarefa chata, mas não tema, pois agora você possui uma ferramenta automática para isso.
Funciona da seguinte forma, você vai em "carregar ação" no photoshop (o programa que acredito que você já deve ter instalado) e carrega o arquivo logo abaixo. Então você só precisa usar a varinha mágica para selecionar os balões e apertar um tecla atalho pra executar a ação. Veja esse vídeo de um br gravado numa qualidade duvidosa em caso de dúvidas.
inclusive, essa parte das ações é bem útil caso você precise repetir uma tarefa em todas as imagens. Só crie um comando pra isso e vai passando imagem por imagem.
Técnicas pra arrasar no redraw (redesenho) - se você for um infeliz, sem vida e psicopata, você pode optar por apagar todos os textos que cobrem parte da imagem do seu mangá e redesenhar o que ficou em branco.
sem redrawcom redraw 💀
Como você deve ter percebido, eu tenho um certo ódio com essa parte porque é muito trabalhosa e no fim o leitor nem vai dar bola. Portanto, hoje em dia só faço se for rápido e eficiente. Mas enfim, use a função "preenchimento com reconhecimento de conteúdo" na parte "editar" do photoshop, ela faz justamente o que tá no nome, preenche partes da imagem com o conteúdo ao redor. Nem sempre fica perfeito, mas se você souber usar, pode dar bom. Recomendo baixar o photoshop 19 pra frente, pois as versões antigas não têm essa função (acho).
Ano passado lançou um photo com uma IA que fazia um trabalha muito melhor, porém creio que ele não está mais disponível por métodos alternativos.
Outra dica é simplesmente pôr o texto por cima da parte apagada e redesenhar somente o que sobrar, bem prático.
Técnicas e ferramentas pro typesetting (adicionar textos) - Antes de adicionar os textos, você precisa cuidar no tamanho e estilo da fonte. Às vezes a fonte pode estar serrilhada porque você não selecionou a opção "suave" no cabeçalho, ou também o texto pode estar num tom levemente acizentado, e só depois você percebe, ou ainda o tamanho está muito pequeno para ser lido... enfim, um bocado de coisas podem acontecer.
Nesse sentido, afim de evitar erros, eu recomendo usar o TyperTools. Ele é uma extensão do photoshop que simplifica o processo de colocar, ajustar e estilizar os textos. Tudo o que você precisa fazer é abrir o arquivo com o photoshop aberto (no meu caso a versão que eu tenho e funcionou é a de 2021, 22.5.1) e clicar na parte "janela", depois "extensões (herdado)". Depois é só adicionar o estilos e meter marcha.
Além disso, como os textos japoneses são escritos de cima pra baixo (pelo menos eu acho que é assim pra todos os mangás) os balões vão acabar sendo esticados verticalmente e difíceis de encaixar textos inteiros. Nesses casos você só coloca uma borda branca ao redor da fala ou "achata" ela horizontalmente
nesse caso eu fiz os dois, ficou legal
Se você estiver procurando por fontes, recomendo pedir para outros grupos scanlators. É certeza que eles vão mandar um pack inteiro.
Aliás, uma coisa que esqueci de dizer antes é para você se certificar que a imagem está no modo "tons de cinza" ao invés de "cores RGB". Apesar que todas as imagens que baixo já vêm com essa opção selecionada.
Como salvar várias páginas de uma só vez no photoshop²
Simples meu pequeno macaquinho, clique em "arquivo", vá em "scripts" e depois em "processador de imagens" no photoshop, aí é só selecionar salvar como JPEG e PSD, se precisar. Caso queira salvar em png, crie uma ação e depois vá em Arquivo - Automatizar - Lote e selecione a ação que salvará em png. Tô com preguiça de explicar como cria ação, veja os vídeos lá.
Dicas para upar, compartilhar e divulgar:
O site que eu vejo o pessoal mais usando pra upar é o mangadex e digo por experiência própria que deve ser o melhor site atualmente. E claro, lembre-se de conferir se as páginas estão certas e tals tals. Pra compartilhar arquivos eu recomendo primeiro compactar e mandar por um google drive da vida, se precisar.
Muitos servidores de discord deixam um canal livre pra você anunciar seus capítulos, mas eu não acho muito viável. O melhor seria você divulgar seus projetos ou scan em parceria com outros servidores populares, pois assim sua mensagem ficará mais tempo visível.
fim dessa bagaça
Acho que era só isso. Comente aí o que você achou do post e o que na sua opinião faltou eu falar.
Ultimamente eu tava com preguiça de escrever qualquer coisa aqui, mas depois de ver um vídeo do ludoviajante eu me sinto melhor pra voltar e espalhar achismos esperando que alguém leia isso.
Nota: os tópicos com ¹ e ² foram adicionados depois, pois esqueci de falar deles.
Mais uma vez retorno para fazer uma lista de todas as obras que consumi em determinado ano. Dessa vez falarei de jogos, pois ano passado quis falar de filmes e acabei perdendo a vontade de ver no meio do caminho. Esse post seguirá a mesma fórmula do anterior, portanto ele também será bem longo.
Vou mencionar apenas os jogos que zerei, independente de quando eu tenha os iniciado. Sem mais enrolações, bora começar.
Grow Cube (2005)
🕹️ Desenvolvedor: On Nakayama
📆 Data zerado: 07/01
⭐ Nota: 7/10
Esse aqui faz parte da minha aventura de visitar diversos jogos flash pra saber qual seria o melhor. Grow Cube faz parte da série de jogos GROW, que consistem em puzzles onde você aperta botões que gerarão mudanças no mundo e, dependendo da ordem que você apertar os botões, você poderá chegar a vários finais. É um estilo de gameplay bem simples, porém muito criativo e único, podendo até mesmo ser tido como um gênero novo. Além disso, jogar e ir vendo todas as combinações até chegar no final verdadeiro, além de ir descobrindo easter eggs no caminho é muito confortável e divertido.
Minha única crítica é que rejogar isso não traria a mesma sensação, mas com certeza vale a pena conhecer.
The Fog Fall (2008)
🕹️ Desenvolvedor: PastelGames
📆 Data zerado: 18/01
⭐ Nota: 4/10
Mais um jogo em flash, eu juro que não é só isso que jogo. Esse é um point-and-click suspense e mistério. Os cenários sujos e com traços rabiscados, junto da história contada por meio de elementos que você encontra foram legais no começo... Mas depois eu só queria saber a senha pro traje de radiação e terminar logo essa bagaça. Os desafios a serem resolvidos são meio injustos, pois quase tudo no cenário é meio bagunçado, portanto fica difícil de encontrar o local certo para clicar e achar um novo item. Fora que como diabos eu ia saber que teria que jogar veneno e pasta de dente num cadeado para quebrá-lo?! E pra piorar, apesar da atmosfera tensa do jogo, nada demais acontece, o que é bem broxante.
Provavelmente as sequências são melhores, porém não sei se quero continuar por mais 3 jogos dessa série.
The Fog Fall 2 (2009)
🕹️ Desenvolvedor: PastelGames
📆 Data zerado: 23/01
⭐ Nota: 5/10
A sequência tem uns twists legais, tipo a revelação dos zumbis mutantes, ou a aparição de sobreviventes naquele mundo devastado, fora que os puzzles ficaram bem mais fáceis e eu levei menos tempo pra zerar. No entanto, essa sequência ainda não se salva por não apresentar nada grandioso. Assim como o primeiro jogo, a atmosfera tensa e misteriosa são legais no começo, mas rapidamente cansa.
The Fog Fall 3 (2010)
🕹️ Desenvolvedor: PastelGames
📆 Data zerado: 23/01
⭐ Nota: 5/10
O terceiro jogo da série tem ideias interessantes, como os observadores, e os puzzles continuam fáceis de cumprir em sua maior parte, principalmente quando há dicas do que se deve fazer. Minhas reclamações dessa vez é que, pela primeira vez, dá pra combinar os itens que você coleta e o jogo nunca menciona isso. Também não gostei que o jogo possui dois finais, mas nos dois o desfecho é praticamente o mesmo, então é meio desnecessário no final.
The Fog Fall 4 (2012)
🕹️ Desenvolvedor: PastelGames
📆 Data zerado: 23/01
⭐ Nota: 3/10
Último dessa pequena franquia e eu ainda não sei porquê isso existe pra começo de conversa. Os primeiros tinham um ar de mistério e eram até meio tensos, porém o quarto jogo quis fazer um mapa enorme, abandonando quase todos os personagens dos últimos jogos (o vigia da conveniência do 3 tá aqui por algum motivo) e não dando respostas para quase nada, nem mesmo adiciona coisas relevantes. O máximo que foi revelado é que existem pessoas com influência nesse mundo e que os mutantes passam por um processo de tratamento antes de virarem monstros por completo. Apenas isso.
The Fog Fall 4 terminou broxante da mesma forma como o primeiro, a diferença é que aqui a expectativa era muito maior.
Adventures with Anxiety! (2019)
🕹️ Desenvolvedor: Nicky Case
📆 Data zerado: 22/02
⭐ Nota: 5/10
Jogo curto e bem apresentadinho, trata o problema da ansiedade de maneira cômica e exagerada. Minhas maiores críticas são aos diálogos, que às vezes são cringes, e na mensagem que não é grande coisa, bem comum na verdade.
Tower of Heaven (2009)
🕹️ Desenvolvedor: Askiisoft
📆 Data zerado: 25/02
⭐ Nota: 6/10
Mais um jogo curto e indie. Esse é um plataforma que simula o estilo gameboy de cores e sprites. Muito bem animado e gameplay flui legal. A mecânica de cada fase adicionar novas regras para aumentar a dificuldade é interessante, porém o jogo acaba rápido demais e senti que essa ideia não foi tão bem aproveitada. Finalzinho bonitinho.
Salve turma. Pois é, faz tempo que não escrevo nada no blog, embora eu duvido que alguém tenha reparado. O motivo para o meu sumiço é que andei pouco inspirado para escrever/continuar novas postagens, então deixei o tempo passar e quando vi já tava quase em agosto. Enfim, espero voltar agora, pois eu gosto desse blog e quero tentar levar minhas ideias adiante.
Nesse post estarei explicando o significado por trás das minhas notas (de 1 a 10) para obras que consumo. É meio complicado conceituar cada pontuação de cabeça, mas com o tempo fui percebendo um certo padrão nelas, então tentarei definir cada uma em detalhes com base nisso.
Lembrando que as obras que usarei não são exemplos definitivos e tudo se baseia na minha mísera opinião.
Essas notas valem pra todo tipo de mídia, não só animes e mangás.
0/10 | ☆
APATIA
Ooh my gaah, então existe nota 0 agora? Sim, meu caro leitor que provavelmente nem pensou nisso.
Eu costumo deixar uma obra sem avaliação quando ela é muito curta, esquecível ou quando não lembro direito pra comentar algo.
No caso de obras curtas, me refiro a spin-offs, comerciais, one-shots, etc.
"Evangelion × Attack ZERO" e "Abale-chan"
1/10 | ½ (MEIA ESTRELA)
DETESTÁVEL
Obras com esse tipo de nota costumam ter praticamente nenhum conteúdo que valha a pena investir tempo. Com isso quero dizer que elas não passam mensagens, não divertem (dependendo do seu ponto de vista) e são geralmente ruins tecnicamente. Quando minha avaliação é assim é porque eu fiquei com ódio genuíno daquele trabalho, o suficiente para nunca mais querer tocar nele novamente, exceto pra falar mal. Consequentemente, essa avaliação é composta por obras curtas, já que elas são mais fáceis de consumir. E sim, isso inclui obras nocivas que propagam ideias perigosas. Tipo o Kaifuku da vida que todo mundo conhece.
"Didi Quer Ser Criança", "Yandere Simulator" e "Ore ga Suki", respectivamente
2/10 | ★
LIIXO, LIIIXO(imagine a voz do Cocielo aqui)
Aqui temos obras ruins também, mas que não causam grandes danos, diferente das de cima ali :ugh:
Além disso, elas costumam a apresentar boas ideias e, raramente, execuções. Podem servir como forma de entretenimento por alguns minutos até você notar a podridão.
Tá longe de ser algo que eu recomendaria pra alguém, mas entre uma nota 2 e 1, eu prefiro ficar sem nada mesmo a nota 2.
"Slender Man: The Eight Pages" e "Gabriel Drop Out"
3/10 | ★½
CHOCOLATE COM MENTA
Essa avaliação indica que a obra é formada majoritariamente por erros, mas possui coisas que a destacam de alguma forma. Por exemplo, uma trilha sonora decente, um estilo artístico chamativo, uma iconicidade que perpassa seus defeitos artísticos (ui).
Num geral continua sendo ruim, mas eu não ficaria irritado se alguém chegasse em mim e falasse "gosto de obra X". Não, nem um pouco, só tacaria um tijolo, nada demais.
"Mogeko Castle", "Nanatsu no Taizai" e "Locke: The Superman""
4/10 | ★★
MERECE UMA CHANCE
Um quatro geralmente é safe ainda. Indica que a obra é ruim, mas não necessariamente seja uma perda de tempo por completo. Eu até recomendo pra alguns amigos.
Aqui muitos dos problemas dá pra passar um paninho e jogar pra baixo do tapete. São obras que eu consumiria de novo tranquilamente.
O mais comum para essa nota existir é devido a um erro tão grosseiro que fica difícil defender, aí não fica nem nos piores, nem no médio, então termina com essa pontuação aí.
"Killing Bites", "Indestructotank!" e "O Caldeirão Mágico"
5/10 | ★★½
É RUIM, MAS É BOM
O que eu acho divertido dessa pontuação é que ela é a única que me confunde se gosto ou não de tal obra. É uma relação de amor e ódio clássica. Talvez mais ódio do que amor, mas enfim.
"Kimetsu no Yaiba" e "Sonic (Mega Drive)"
6/10 | ★★★
NÃO FERE NINGUÉM
Aqui temos um caso interessante. É perceptível que o trabalho tem algo a mais, porém muitas vezes isso não é executado corretamente. Ou o contrário, a execução é boa, mas a proposta é um lixo. Independente disso, nada impede de eu recomendar isso para pessoas, mas sempre avisarei com antecedência sobre os defeitos que tal obra possui, já que eles infelizmente são fáceis de notar. Resumindo, dá pra passar o tempo.
"As Aventuras de Piggley Winks", "Psychic Squad" e "Papa Louie: When Pizzas Attack"
7/10 | ★★★½
SIMPLESMENTE BOM
Seja pela inovação, mensagem, ou por saber se destacar de alguma forma, essas obras recebem a nota sete. O que assegura que é bom (pra mim).
"Outlanders" , "Atsuize Pen-chan" e "Dr. Slump"
8/10 | ★★★★
TAPO## MENÓ
Aqui o barato é louco e o processo é lento.
Simplesmente obras de respeito. Geralmente elas recebem sequências e uma fanbase grande, o que é compreensível visto que a partir dessa nota as coisas começam a ficar mais turbinadas.
É aqui que a obra consegue a dialogar de maneira mais profunda, ou simplesmente faz algo que mereça seu reconhecimento.
"Final Fantasy Sonic X" , "FFG: Hong Kong 97" e "Punch Punch Forever"
9/10 | ★★★★½
ESCREVO COM OS PÉS, POIS MINHAS MÃOS ESTÃO OCUPADAS APLAUDINDO
A nota nove é raríssima, pois é apenas para obras que conseguiram ser inesquecíveis para mim. Não estou me referindo a nostalgia, mas sim de um impacto na na minha visão de mundo que durou dias, às vezes semanas, que é resultado de uma prosa majestosa. Sim, estou falando daquele sentimento que você tem após terminar um jogo muito bom.
"1 Litro de Lágrimas" , "Kaiji" e "Katamari"
10/10 | ★★★★★
EU NÃO TENHO INIMIGOS
Enfim chegamos na pontuação máxima. Se algo consegue essa nota, é porque ele conseguiu, mesmo com todas as dificuldades, se tornar atemporal.
Essa nota é lendária, praticamente aparece apenas de década em década. Foram pouquíssimas as vezes que pude ter o prazer de vislumbrar algo dessa magnitude.
"Crime e Castigo" , "Space Brothers" e "12 Homens e Uma Sentença"
Bom, com isso encerramos esse post maravilhoso.
Foi divertido escrever isso, mas percebi que preciso variar mais meu gosto, talvez começar a ler um pouco.
Diga aí o que achou e se você também avalia as coisas da mesma forma que eu. Vou ficar feliz de ler seu comentário fútil.