Relembrando de alguns jogos flash de infância

 
Se tem uma coisa que eu adorava fazer quando era mais novo, além de ler fanfic do Sonic e colecionar Hotwheels, era de passar horas em jogos de navegador, mais especificamente do conhecidíssimo site "Click Jogos".
Pois é, eu joguei uma quantidade razoável dessas tranqueiras. Muitas vezes o negócio nem era bom, mas o meu eu criança tinha mais tolerância com as coisas. Um exemplo era o fangame "Mario's Adventures 2", que tinha uma musiquinha decente, embora a jogabilidade fosse questionável, parecia que o Mario andava no gelo o tempo todo.
Como nunca fui um gamer nato, me contentava com esses títulos mais modestos. Tanto que a primeira vez que instalei o Minecraft no PC, sem baixar o baidu junto, minha cabeça quase explodiu.
Ultimamente eu tenho pensado sobre esses games e resolvi revisitar alguns pra saber se ainda são bons, ou se é tudo nostalgia. Venha comigo nessa jornada para relembrar dessas pérolas, que provavelmente fizeram parte da sua infância também.

The Right Mix, 2007 - Liquid Light

Mas antes, vou explicar um pouco do se trata o programa "Flash" em si.

Contexto
O Flash é uma ferramenta criada nos anos 90 por Charlie Jackson, Jonathan Gay (sim, esse é o nome) e Michelle Welsh. Ele foi projetado para a criação de projetos artísticos e com sua interface simples e facilidade no compartilhamento de arquivos, acabou servindo de porta de entrada para que muitos criassem seus próprios trabalhos e os publicassem na internet, o que mais tarde levaria a hegemonia do Flash nos computadores da época, sendo utilizado para rodar sites, vídeos, e é claro, jogos.
A popularidade do Flash atingiu o pico no meio dos anos 2000, após isso ela foi caindo conforme novas tecnologias mais seguras e modernas surgiam, como o HTML5, fazendo com que muitos abandonassem o barco. A chegada de jogos mobile também foi um grande impacto, pois muitos desenvolvedores migraram para esse modelo mais rentável. No dia 12 de janeiro de 2021 o Flash saiu do ar por completo, com a Adobe dando todo esse tempo para que o público preservasse o material criado nesses mais de 20 anos de vida.
Por mais que o Flash tivesse sim seus problemas, ele merece reconhecimento. Ele reuniu gente do mundo todo para criar projetos praticamente sem limitações, o que gerou algumas bizarrices, como o Pico's School, mas também ajudou pessoas a montarem suas carreiras profissionais. Um exemplo é o criador de The Binding of Isaac, que começou desenvolvendo flash games. Outro exemplo são franquias renomadas que se inspiraram nesses jogos, como Castle Crashers, Angry Birds, Shovel Knight, etc. 
Resumindo o Flash foi um marco na história da internet e no mundo dos jogos, infelizmente seu final não foi dos melhores, mas sua influência permanece forte em diversos trabalhos atuais e seus feitos continuam irreplicáveis. (caceta me empolguei um pouco) 

Happy Wheels, 2010 - Fancy Force
Fancy Pants, 2006 - Brad Borne
Bomb It 5, 2012 - SPIL GAMES






Garfield's Scary Scavenger Hunt, 2002 - Dimension's Edge


Começando com um clássico do flash e precursor da estética de terror do Garfield. Esse jogo é sinistro pra qualquer pessoa com menos de 10 anos de idade, tanto que eu nunca cheguei a zerar ele, o que me deixou com a impressão de que era um point and click difícil.
Nesse jogo você controla o Garfield e deve andar por uma casa mal-assombrada em busca de doces espalhados pelos cômodos, evitando ser assustado por seres bisonhos e eventos paranormais. Quando seu assustômetro, a barra horizontal que fica na parte inferior da tela, se enche, é game over e você volta pro começo.
Proposta e execução interessantes, principalmente se considerar a época em que ele foi lançado. A trilha sonora é marcante, as animações são decentes, os quizzes são ok para um jogo voltado para crianças. Minha principal reclamação é que muitos dos sustos são previsíveis, então eu raramente me surpreendi com algo. Exceto com aquela enguia gigante saindo da privada, aquilo foi uncanny total.
E essa bomba recebeu uma sequência em 2003, que eu não considero melhor, mas pelo menos conta com talvez o primeiro jumpscare desses jogos flash. Até hoje essa desgraça consegue me assustar.

Final Fantasy Sonic X: Episode 6, 2008 - BlackDevilX


Falando agora sobre o nichado e GOAT Final Fantasy Sonic X. Descobri só recentemente que ele é dividido numa série de pequenos games, então foi legal acompanhar a evolução do criador, tanto na parte de roteiro, quanto nas animações e gameplay num geral. Mas sendo bem sincero, eu não prestei atenção na história, só foquei no Sonic lutando contra uns personagens do Mega Man e esporadicamente do Final Fantasy. Receba, Smash Bros.
Enfim, os 3 primeiros capítulos são bem ruins, apenas tendo uns diálogos engraçadinhos, mas nada demais. O Capítulo 4 já possui cutscenes bonitinhas e até um menu com várias opções. Mas a coisa fica boa mesmo a partir do 5, onde temos a famosa intro ao som de "Melissa" da banda Porno Graffiti. Já no sexto episódio, temos o ápice dessa série, com diversas inovações na franquia. Por exemplo, agora as cutscenes possuem dubladores, que fazem um bom trabalho, principalmente do Sonic, Amy, Aeon e Shadow. Além disso, há novas mecânicas nas lutas, como itens ou transformações.
Essa obra envelheceu como o vinho para os padrões do Flash. Muitos poderiam dizer que é apenas um fangame curto com praticamente uma luta a cada episódio, mas cara, a entrega é muito boa. Eu me arrepio toda vez que escuto "Makenai Ai ga Kitto Aru" enquanto vejo o Super Sonic segurando aquela espadona braba do Final Fantasy decepando uns robôs do Mega Man. E eu já disse que tem o Link nessa série? RECEBA, SMASH BROS!!!
E como não quero repetir Sonic, vou aproveitar e citar Ultimate Flash Sonic. Outro fangame, porém mais tradicional. Eu curtia pacas esse também, só que nunca gostei da ideia de zerar 6 vezes pra chegar no final de facto.

Ultimate Flash Sonic de 2004 - Dennis-Gid

Red Ball, 2009 - Eugene Fedoseev


Aqui você controla uma bola vermelha com um risco suspeito que vai da circunferência até o meio dela e o objetivo é chegar no final das fases para erguer a bandeira vermelha, cruzando obstáculos e checkpoints.
Esse é um jogo de plataforma bem basicão, mas eu sempre achei tudo nele mágico. A música é cativante e o design criativo das fases, juntamente com a movimentação da bola estranha no começo, criam um equilíbrio perfeito entre desafio e diversão. Pessoalmente, o level do trenzinho é o meu favorito, cinema.
Fiquei surpreso quando descobri que nunca cheguei a zerar ele por completo. O original possuía 5 fases extras, entretanto parece que elas foram perdidas com o fechamento do site. Eu não pesquisei a fundo ainda, então deixo de sugestão pros Lost Media Hunters acharem.
Red Ball teve sequências, mais especificamente 4, algumas não sendo oficiais. Eu cheguei a zerar o segundo, lançado apenas 6 meses depois do primeiro, e é um total retrocesso pra série. Ele adicionou estrelas espalhadas pelas fases que são obrigatórias para passar, o que não seria ruim se os levels não fossem 1000 vezes mais entediantes e longos. Foram adicionadas novas faixas de música e... são ok, mas nada memoráveis se comparadas com a do antecessor. E o design da bola foi alterado para uma com um rosto esquisito. Isso virou praticamente um teste de paciência a esse ponto. A melhor coisa dessa sequência é o level das plataformas invisíveis, que foi um baita desafio de passar, no bom sentido.
Tentei jogar o 3 e fechei logo na primeira fase quando percebi que era só uma versão mais bonitinha do segundo jogo com uma história genérica. Na boa, como conseguiram estragar um trabalho tão bom?

Gretel & Hansel, 2010 - Makopudding


Ok, falando sério, esse é peak. Os caras que fizeram esse jogo têm meu respeito. Isso aqui, pra tu ter noção, é outro patamar do Flash.
Gretel & Hansel adapta o conto "João e Maria" para um point and click que contrasta a fofura das personagens principais com o mundo macabro ao redor delas. No jogo acompanhamos Gretel, uma menina astuta, e o seu irmão, Hansel, um menino bobo. Ambos se ajudam a sobreviver por diversas situações tensas provocadas pela mãe psicopata deles. No segundo jogo, a coisa escala de tal forma que nem sei se consigo explicar tudo, mas é uma história boa, e MUITO DOIDA.
O jogo é muito competente na parte visual. Os cenários são todos feitos a mão usando aquarela, que é um estilo único e o resultado final é lindo. A animação das personagens é suave e a quantidade de detalhes postas na gameplay é sacanagem. Quanto mais eu jogava mais me surpreendia. No Gretel & Hansel 2, por exemplo, há um óculos que te permite observar "coisas obscuras" e cada lugar tem algo novo para ver, até no mapa você poderá ver uma área secreta dentro do jogo.
Como ainda não zerei, vou ficar devendo falar sobre a história, mas garanto que você não vai se decepcionar com o começo, que é bem tenso e cativante. Algumas pessoas podem querer se afastar por se tratar de um terror com certa violência, mas sugiro você dar uma chance. Ele não é um gore gratuito (pelo menos não o tempo todo), tem alguns dramas interessantes e o mundo se expande de maneira surreal.
Minha maior crítica seria a dificuldade para se resolver alguns mistérios. Por exemplo, certa parte eu tinha que subir no Hansel para passar um lago, por algum motivo ele podia atravessar e a Gretel não, o problema é que para fazer essa ação eu precisaria clicar num local específico do cenário, o que me atrasou bastante até eu sacar. Com isso quero dizer que alguns quizzes são desnecessariamente complicados, o que me fez passar certa dor de cabeça. 
É uma pena que o final ficou devendo uma sequência até hoje, mas torço para que venha, pois eu adoro a estética, história, músicas, e todos os traumas que esse jogo me proporcionou.

Chaos Faction 2, 2010 - EON


Chaos Faction é um jogo de luta 2D com personagens estilizados que lutam em arenas com plataformas e armas aleatoriamente geradas. O primeiro CF saiu em 2006 e possui menos variedade, além de ser um pouco desbalanceado em algumas armas, porém tem identidade própria e a gameplay é divertida. O segundo jogo veio arrebentando todas as barreiras possíveis e entregou diversas melhorias.
Gosto muito do traço estilizado que lembra desenhos do Adult Swim, o que é impulsionado pelos efeitos sonoros e visuais que causam a impressão de ser um desenho animado que por algum motivo virou um jogo de porradaria locão. As músicas são épicas e o level design tá mais organizado. Fora que tem uma variedade enorme de personagens pra se usar, incluindo desbloqueáveis de outras franquias da Newgrounds, como o Hominid, Dad 'n Me, Salad Fingers, entre outros.
Na moral, a quantidade de coisas que dá pra fazer nisso é absurda, se você nunca jogou, dê uma chance pro primeiro e vá jogar imediatamente o segundo.

Ben 10: Savage Pursuit, 2012 - Cartoon Network


Na minha infância eu tive várias fases. Uma hora eu era fã de Crash, depois passei a ser fã de Sonic, o que dura até hoje. Mas antes mesmo de eu saber o nome dos meus pais, eu já era fissurado em Ben 10, o que me levou a consumir bastante coisa dessa franquia. Enfim, o jogo que vou citar não é o meu favorito, mas é o que mais me marcou por um motivo meio besta.
A história de Ben 10: Savage Pursuit é que você deve coletar todos os dispositivos do Dr. Animo que estão em seus mutantes antes que ele reúna peças o suficientes para dominar o mundo. Você percorre 3 fases e ao final de cada uma enfrenta um chefe diferente até chegar no doutor.
O Ben pode se transformar em apenas quatro aliens, sendo eles o Chama, Bala de Canhão, Cipó Selvagem e o brabíssimo Besta. Cada um possui uma mecânica diferente, mas vai por mim, você consegue passar apenas com o Bala de Canhão feito um doido. Fora que os bugs ajudam às vezes.
O que eu queria comentar mesmo é que após derrotar o chefe de cada fase ele fica te perseguindo tipo um fantasma enquanto você volta até o trailer do Vô Max e eu juro pra você que isso dava uma ansiedade do krl em mim. Lembro até hoje de quando mostrei isso prum amigo mais novo meu e ele ficou se cagando de medo.
É divertido, porém existem jogos do Ben 10 melhores, tipo o Omnitrix Unleashed que é um baita beat and up sólido, ou o Ben to the Rescue, um jogo bem competente e com mais variedade na gameplay.

Bad Ice-Cream 3, 2013 - Nitrome


Em Bad Ice-Cream você é um sorvete que deve coletar todas as frutas espalhadas pelas fases enquanto desvia de monstros que podem ou não ser agressivos e dá baforadas para gerar barreiras de gelo, que podem muito bem ser quebradas em fileira se você der um chutão nelas.
Feito pela Nitrome que é famosa por seus jogos em 16-bits bem feitinhos e com design infantil. Bad Ice-Cream foi o principal que acompanhei dessa empresa, tanto que zerei os três. Eu esperava que ao revisitar fosse dar uma avaliação boa, mas achei um joguinho maçante de se jogar sozinho, tanto que tive que atormentar o pessoal aqui de casa pra jogar comigo.
O primeiro jogo da franquia peca na qualidade entre os níveis. Algumas fases são bagunçadas e com pouca variedade, o que cansa rapidamente. Fora isso, há pouca incentivo em obter melhores scores, pois não há nada que te recompense por isso. Apesar disso, é um jogo simpático e criativo, não à toa recebeu duas sequências, sendo o terceiro meu favorito por melhorar ainda mais gráficos e adicionar novas coisas, como inimigos, frutas, discos voadores e outros sabores de sorvete para escolher.
Esse jogo foi pensado pro multiplayer, então se você tiver amigos por perto, é diversão garantida.

Menções honrosas
Poderia citar outros jogos que gosto até mais do que os de cima, mas pelo fato deles serem curtos ou por eu não ter muito o que falar, preferi apenas deixar eles nas menções honrosas.


Scooby Doo and the Creepy Castle de 2003 - Cartoon Network
The Visitor de 2007 - Zeebarf
Dino Run de 2008 - Pixeljam
Hobo de 2008 - Armor Games
Crash Bandicoot Flash de 2009 - NukeBros Production
Super Mario 63 de 2009 (jogaço) - Runouw
Miami Shark de 2009 - Mausland
Fireboy & Watergirl de 2009 - Oslo Albet
Sky Serpents de 2010 - Nitrome
Cactus McCoy de 2011 - Flipline Studios
Burrito Bison de 2011 - Juicy Beast
Mine Blocks de 2011 - Zanzlanz






Menções não tão honrosas
Vejo algumas pessoas na internet falarem mal de jogos flash, por não ter nenhum bom ou por todos serem simples e bobos demais. Eu concordo que a maioria deles são mesmo simples e breves, e nem por isso deixo de elogiar as qualidades. Porém, eu vou ser chato e admitir que alguns que revisitei realmente não eram tudo isso.

Snail Bob, 2010 - Hunter Hamster Studio


Snail Bob era um desses que era obrigatório jogar quando estava na casa dos avós, juntamente com Chaos Faction 2 e Red Ball, mas ao contrário desses dois últimos, Snail Bob me cansou muito rápido quando fui zerar ele mais velho. É um puzzle muuuito besta e simples, coisa pra criança mesmo.
As animações e cenários são bonitinhos e a trilha sonora combina até, mas não dá cara, a gameplay é tão básica que chega a dar sono. É literalmente só apertar uns botões e mexer umas coisas, e o jogo ainda circula isso pra você.
Pelo menos Snail Bob acertou em algo que Red Ball não, a sequência é melhor aqui. Não que fosse muito difícil, também.

Jogos do Bob Esponja, ??? - Nickelodeon
Estranhamente o fucking Bob Esponja não conta com um bom acervo de joguinhos de flash. Pelo menos os que peguei achei todos bem meh, bem diferente do que lembrava.


Esse "Boo or Boom" é quase um Bomberman, a diferença é que as áreas que você explode mudam de cor e quem tiver mais áreas pintadas vence.
A ideia é melhor que a execução, só digo isso.


O "Reef Rumble" é um jogo de luta do Bob Esponja cara, não tinha como dar errado... mas deu né.
Poucos personagens, assim como a variedade de ataques, CPU pouco inteligente (a bicha fica defendendo sem parar mesmo com você atacando, o que vai minando aos poucos a vida dela) e quase todo o resto é bem esquecível, com exceção das vozes que são ok até.


Pior que esse "Bus Rush" tem uma gameplay interessante, pena que ele só tem 2 levels e termina muito rápido. Parece que todos os jogos do Bob Esponja foram pensados para serem jogados de uma só vez.


Agora, não nego que o "Dutchman's Dash" deve ser o melhorzinho de todos, mas demorei pra me acostumar com os controles e ganhei game-over na primeira tentativa, então é ruim.





Jogos flash bons que conheci recentemente
Sei que vai ser meio contraditório com o título falar disso, mas quero compartilhar alguns joguinhos da web aqui porque eles merecem.

Deep Sea Hunter, 2010 - Specimen Games


Em Deep Sea Hunter você controla um submarino para explorar as profundezas do mar, coletando tesouros que são usados para melhorar sua máquina, e derrotando criaturas que vão desde águas-vivas, até peixes luminosos gigantes.
A ideia é muito boa e a entregue não é tão ruim, é legal ir explorando novas áreas e enfrentando criaturas cada vez mais poderosas, porém achei o mapa pequeno e a quantidade de seres não é tão grande assim. Joguei apenas o primeiro, então eles devem ter expandido mais na sequência.

Earn to Die, 2012 - Not Doppler


Earn to Die é sobre um sobrevivente de apocalispe zumbi que pilota veículos irados para cruzar o deserto e chegar no resgate, no caminho há zumbis e quanto mais você atropela, juntamente com as manobras realizadas, mais pontos você recebe, que são convertidos em dinheiro para upar seu automóvel.
Acho que esse é um dos jogos mais chads desse post. É literalmente um mix de tudo o que eu quando criança gostava, pena que só fui conhecer ele agora. Poderia reclamar um pouco, mas sinceramente, um jogo onde você dirige um caminhão fortificado pra cima de zumbis enquanto voa pelo deserto é isento de qualquer crítica.

StrikeForce Kitty, 2014 - Deqaf Studio


A história é que a princesa gata foi sequestrada pelas raposas e o rei gato manda seus servos, gatos, recuperarem a donzela. O servos consistem em 4 quatros, um branco, um cinzento, um meio amarelo e um marrom. A medida que você coleciona bananas e pega as vestimentas de seus adversários felpudos, você melhora os atributos de seus gatos.
A gameplay é basicamente os 4 gatos andando e você controlando apenas seus pulos. O combate é feito com eles se jogando em cima das raposas e que vença o mais forte. O jogo tem um total de 4 fases, cada uma com um boss no final que você deve derrotar para avançar.
O jogo é bem simples, mas a graça mesmo é que o exército de raposos possui vestimentas que fazem referência a personagens de filmes, séries, jogos e desenhos animados, então é legal customizar seus gatinhos da forma que você preferir. Sentiu falta de algo? Pois é, não tem personagens de anime e mangá no meio. Sei lá porquê, talvez o criador não fosse chegado. É triste, mas fazer o q-
StrikeForce Kitty 2, 2014






Fim definitivo
Foi muito legal passar por todos esses jogos e conhecer os impactos do flash na internet. Esses games podem ser tidos como meros passatempos quando comparados com os triplo-A, mas pra mim eles têm um significado maior.
Não podemos esquecer que esse post só foi possível graças ao pessoal que preservou esses trabalhos, então agradeço aos usuários do Internet Archive que compartilharam diversos games lá, aos criadores de aplicativos como Ruffle que permitem rodar jogos flash mesmo após o fechamento da plataforma, e ao Newgrounds, esse site lindo que ainda tá intacto e preserva diversos projetos que marcaram gerações.

Cara, cansei de escrever. Quis fazer tudo de uma só vez, mas acabou levando mais de um dia até terminar. 
Muito obrigado a você, guerreiro ou guerreira que chegou até aqui. Espero que tenha gostado do post e se possível compartilhe aí o que você achou. Nos vemos outra hora, tchau!

Fatos e curiosidades sobre Majokko Tsukune-chan (mangá e anime)

Exemplo de Mudança de Tamanho de Texto

Bom, como deu pra ver pelo título, nesse post eu estarei falando de alguns fatos e curiosidades curiosas sobre um dos meus mangás favoritos, Majokko Tsukune-chan. Eu passei a gostar de Majokko quando vi o anime e fui conferir o mangá só anos depois quando montei minha equipe scanlation pra traduzir umas obras velhas e nichadas. E se você não entendeu até agora o que tô falando... Então você provavelmente caiu no blog errado.

Esse post conterá alguns spoilers leves de Majokko, tome cuidado lendo.

Mas o que é Majokko Tsukune-chan?
Você provavelmente já conhece Majokko, então pode pular esse parágrafo se quiser, mas pra quem não conhece e pra não deixar de ser formal, aqui vai um geralzão: Majokko Tsukune-chan é um mangá seinen de comédia escrito e ilustrado por Hiroaki Magari entre os anos de 2003 e 2012, sendo serializado nas revistas Young Magazine Uppers, entre 2003 a 2004,  e na Shounen Monthly Sirius em 2005, para mais tarde migrar para o digital.
O quadrinho conta as aventuras de Tsukune, uma jovem bruxa que possui boas intenções, mas sempre acaba fazendo alguma coisa de errada quando tenta ajudar alguém.
O mangá rendeu 3 volumes físicos e um anime de 6 episódios, 13 minutos cada, que adapta algumas histórias dos dois primeiros volumes e serviu para atrair mais pessoas para comprar o terceiro. Tanto o anime quanto o mangá são hoje conteúdo de nicho, então poucas pessoas conhecem ele fora do Japão (e muito provavelmente nem os japas conhecem isso).
Majokko é uma paródia de mahou shoujo, o gênero de garotas mágicas dos animes, tipo Sailor Moon, Sakura Cardcaptors e Guerreiras Mágicas de Rayearth.

Bom, com essa intro feita acho que posso começar o post. Vamos lá. E não esqueçam de dar o like, compartilhar e se inscrever no botão vermelho guys.

Mascote fantasma da Tsukune - o mascote da Tsukune é morto pela mesma no primeiro capítulo. E embora no mangá ele só reapareça como fantasma uma vez, que no caso é uma página depois de ser churrascado, no anime ele vira uma piada recorrente (até o segundo episódio) aparecendo às vezes meio escondido, e às vezes não. 
pela expressão dele ele não deve estar muito contente no pós-vida.

O Prefeito não tem nome - o Prefeito é um dos personagens principais do mangá de Majokko Tsukune-chan, aparecendo pela primeira vez no capítulo 2. Desde lá, ele participou de várias aventuras, mas nunca teve seu nome revelado, nem mesmo nas sequências (até onde eu li). Provavelmente isso faz parte da piada de ninguém se importar com ele.

Haruko Momoi - ela é a dubladora da Tsukune e curiosamente ela dublou a Komugi em Soultaker de 2004. O engraçado disso é que as duas são garotas mágicas que parodiam esse estereótipo.

Onda de paródias de mahou shoujo nos anos 2000 - nos anos 2000 tivemos um número maior de animes e mangás que parodiavam os mahou shoujo da vida. Alguns exemplos que consigo pensar são Dokuro de 2005, Dai Mahou Touge de 2006, Soultaker que já citei antes, e um mais desconhecido pra não perder o costume, Tenbatsu Angel Rabbie de 2004.
Porém essa moda meio que ainda continua, hoje em dia temos animes como Magical Girl Magical Destroyers e Mahou Shoujo ni Akogarete que parecem ser paródias de mahou shoujo também, mas é curioso pensar que naquela década coincidentemente surgiram tantos animes/mangás com propostas semelhantes.
Sons aleatórios - *ahem* voltando a falar de majokko. O anime colocou uns SFXs engraçados em algumas ações. Tipo, a Tsukune ergue um braço e isso faz um som de robô, ou o prefeito tá correndo e de fundo toca umas sanfonas. Isso obviamente é pra gerar humor e várias comédias fazem isso, mas, ainda assim, é difícil não estranhar algumas escolhas.

Os pais da Tsukune - nunca vemos como são ou quem são os pais da Tsukune. Tudo o que sabemos é que: 1 - eles mandam cartas pra ela; 2 - eles são bem direto ao ponto nas conversas; 3 - a Kokoro provavelmente vive com eles, já que eles avisam na carta que ela está indo visitar a Tsukune.
Após isso nunca mais há menção sobre eles. Eu cheguei a ler uns capítulos do Majokko Tsukune-chan Plus, mas não tive sucesso nessa procura.
eu tenho a impressão que essa imagem deles é referência a alguma obra...

Majokko Tsukune-chan se passa numa monarquia - ou talvez seja uma monarquia constitucional tipo do Reino Unido, mas não acho, pois no último capítulo a Tsukune comenta que, sim, o mangá se passa numa monarquia.

De onde veio a ideia para Majokko Tsukune-chan? - Magari teve a ideia do seu mangá devido aos rabiscos que ele fazia em seu caderno durante as aulas. Isso é revelado na sequência de majokko, o Majokko Tsukune-chan Plus, nas páginas em que o autor fala um pouco sobre como foi escrever e serializar um mangá.

Mangá 4-Koma rejeitado - já nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que enviou dois projetos para os editores analisarem. Um foi majokko e o outro foi um 4-koma sem nome. Majokko foi aceito, mas não temos informações sobre como era o outro projeto. Tudo o que podemos deduzir é que ele teria uma protagonista feminina baseado nessa ilustração.
num universo alternativo...

Magari não sabia que majokko seria publicado - esse é um tópico meio complicado, porque, novamente nas páginas finais do primeiro volume de majokko, Magari revela que aceitou mandar mais capítulos para os editores publicarem, mas ele não esperava que esses mesmos capítulos seriam serializados. Talvez ele estivesse pensando que aqueles capítulos seriam apenas analisados pelos editores, o que explica eles serem tão simples e até meio pobres em arte.

Inspiração pro Prefeito - De acordo com Hiroaki Magari em uma entrevista, o Prefeito foi inspirado no Mike Haggar de Final Fight. Sabe, aquele jogo beat 'em up de arcade que depois foi lançado no super nintendo.

Chururira - essa é a palavra que aparece junto da numeração de todos os capítulos do primeiro e segundo volume de Majokko. Curiosamente os volumes seguintes deixam de usar ela. Eu não consegui encontrar o significado de chururira na internet, provavelmente não deve ter nenhum mesmo.

Majokko tem 45 capítulos - sim, você não leu errado. Majokko tem 45 histórias com títulos próprios nos seus primeiros 2 volumes. O motivo para muitos sites de rastreamento de mídia registrarem apenas 31 capítulos é porque eles usam o Majokko Tsukune-chan Yoseatsume como base, uma compilação de apenas algumas histórias do mangá original. 

Erro no título - nas páginas finais do segundo volume de majokko, Magari revela que seu designer errou o título do mangá na capa por um kanji. Por sorte ele percebeu isso antes que o volume fosse publicado, o que deu pra corrigir e ficar do jeito que conhecemos. "Majokko" com "ko" de "menina", embora o "子" também tenha esse significado.  


Inspiração para o nome "Tsukune" - o nome da Tsukune é referência a um prato japonês de mesmo nome. ele é basicamente um espetinho de frango. Essa piada com nomes continua no Plus. Lá conhecemos a irmã mais velha da Tsukune que se chama Seseri, que é "asinha de frango" em japonês.

男装っ娘いすぴんちゃん - Dansoukko Isupin-chan é uma recriação da abertura e de uns trechos de majokko com os personagens do MMORPG Tales Weaver, lançada no niconicovideo em 2009. O clipe é muito bem feito, só não sei o motivo pro cara ter escolhido logo majokko. Caso queira conferir, clique aqui.


Fondo - Fondo é o nome do boneco de argila que aparece na abertura do anime de Majokko Tsukune-chan por uns segundos. Sakurai menciona que seu filho adora esse personagem, embora tenha medo do monstro de argila do último episódio.
O motivo pro anime ter tantos trechos feitos em argila é porque o Sakurai estava com tempo livre e com o storyboard do último episódio em mãos, então ele decidiu ajudar criando essa pseudo animação de argila. Sakurai estava tão confiante com o resultado final que fez a Kokoro dizer na prévia do próximo episódio: "essa é uma história do mangá, dessa vez não tem como você ficar bravo".
falar a verdade, eu nunca reparei nesse bicho até agora kklkkkkkkkk

Magari trabalhou no anime de Sexy Commando - numa entrevista do Hiroaki Sakurai, o diretor do anime de majokko, ele conta que na primeira vez que encontrou com Magari os dois conversaram sobre a adaptação de majokko, e Magari menciona que quando ele trabalhava em Sexy Commando, provavelmente na parte dos storyboards, ele mantinha alguns trechos de animação que seus superiores pediam para cortar. Ele relembra isso brincando, pois o Sakurai, diretor de majokko, estava cortando muitas cenas do mangá para deixar o OVA mais curto e condensado possível. Caso esteja interessado na entrevista, clique aqui

Piada com o nome do Dr. Choromatsu - o Dr. Choromatsu recebeu esse nome inspirado no terceiro irmão, Choromatsu Matsuno, do anime Osomatsu-san. Nesse anime, Choromatsu é o único irmão lúcido dos outros 5, portanto ele é quem faz o papel de tsukkomi nas piadas.
triste pensar que daqui uns anos a juventude não saberá a relação entre esses dois personagens...

Jogos e PVs em FLASH de Majokko Tsukune-chan - majokko teve alguns jogos de plataforma e uns PVs animados com músicas de fundo, todas cantadas pela Haruko Momoi. Os clipes musicais que encontrei foram dois, o "Magical Magic Girl", lançado em 2009 no nico video, e o "Tsuki to Hoshi no Uta", lançado em 2012 no canal do youtube da Kodansha. Os dois foram animados, dirigidos e editados pelo Magari, além de ser ele quem escreveu as letras. Os jogos eu não consegui encontrar porque o flash não está mais ativo, porém você pode conferir como eles eram aqui. Essas animações e jogos receberam o nome de Majokko Tsukune-chan SFW.


Momento fatídico na vida da Momoi como dubladora - em uma entrevista da Haruko Momoi, ela conta que uma vez ela entrou em um estúdio para gravar um projeto, porém foi no horário errado, pois a gravação só começaria 1 hora mais tarde e ela não tinha sido avisada. Coincidentemente, o produtor, Toshimichi Ootsuki, chegou junto dela, assim os dois conversaram e ele apresentou o mangá de majokko pra ela, a obra que ele estava planejando adaptar para anime. Momoi não foi contratada logo de cara, mas graças a esse encontro ela ganhou a chance de dublar a Tsukune mais tarde.
Momoi também diz que esse trabalho foi memorável, já que, diferente dos seus papéis anteriores de garotas mágicas, a Tsukune era mais calma e resiliente, então isso serviu de aprendizado e melhoria na atuação dela.

Figurante com cara de idiota - tem um certo figurante careca e com uma expressão facial simples que aparece em vários capítulos do mangá, além de fazer aparições no anime. Não sabemos se em todos esses casos ele é o mesmo personagem, só sei que ele recebeu destaque o suficiente para aparecer na imagem de comemoração do 20° capítulo lançado. Ele tá meio escondido lá no canto direito.

Enfim terminamos. Confesso que tive apagar vários tópicos irrelevantes ou que fugiam um pouco do assunto, porém olhando o resultado final acho que ainda tem coisas pra tirar.
Espero que tenha gostado. Esse é possivelmente meu post mais longo até agora (pelo menos o roteiro levou algum tempo pra fazer) e eu até me diverti escrevendo e pesquisando. Talvez devesse ter passado mais tempo pesquisando pra trazer informações de qualidade, porém honestamente, esse roteiro já tava acumulando poeira, então antes ele sair mediano do que nunca.

Caso queira as fontes que usei, aqui estão:
https://www.wikiwand.com/ja/魔女っ娘つくねちゃん
https://king-cr.jp/special/tsukune/interview.html
https://renote.net/articles/7095
https://febri.jp/febri_talk/momoi_haruko_3/

Compilado de dicas não tão úteis para scanlators

Exemplo de Mudança de Tamanho de Texto

 Olá a todos os meus 5 leitores, um deles sendo eu mesmo, hoje estou aqui para elencar algumas técnicas de scanlation que uso. Eu posso estar sendo meio presunçoso querendo ensinar scanlators quando eu só tenho 2 anos nesse meio, mas espero que pelo menos você possa tirar proveito de alguma coisa.

Pra quem não sabe, scanlation é o ato de digitalizar, traduzir e editar um quadrinho geralmente sem a permissão do autor.  Scanlation é a combinação das palavras "scan", digitalização, e translation, tradução. Embora muitos grupos tenham "scan" nos seus nomes, a maioria apenas se foca na parte de tradução e edição, pois muitas obras atualmente possuem uma versão digital e é razoavelmente fácil achar uma RAW (versão oficial não traduzida de um mangá) por aí. Com essa apresentação feita, vamos iniciar logo essa bagaça.

Como encontrar e baixar capítulos:¹
Caso precise encontrar uma RAW, eu sugiro procurar no DL-RAW que lá tem muitas mesmo, tem até um canal no telegram onde você pode pedir e os caras vão upar no site, simples assim.
E caso precise baixar os capítulos feitos na gringa, use o HakuNeko Desktop, aplicativo de PC apenas, creio eu.

Dicas para tradução:
Utilize Word para guardar e compartilhar a tradução - muitas pessoas, eu incluso, são acostumadas a usar só o bloco de notas para compartilhar a tradução, mas se compararmos com o word, a única vantagem do bloco é que ele é mais simples e prático, eu acho. O word possui o corretor de texto, é possível editar livremente certas partes ou todo o texto, dá pra adiconar comentários sem que eles ocupem espaço, é mais bonito visualmente, etc. e etc.

Não traduza literalmente - isso você já deve saber, mas muitas pessoas não o fazem, às vezes por ignorância ou por usarem aplicativos de tradução. Traduzir coisas como "after all" para "depois de tudo" é pra mim um erro crasso e fica ainda pior quando toda a tradução é desse nível. Isso não devia nem ser uma dica, mas sim uma regra. Eu ainda posso conectar isso com a próxima sessão que é...
Traduza naturalmente, adaptando o texto da melhor forma - às vezes o texto da gringa é prolixo ou simplesmente tem erros, então não faz sentido manter isso na tradução. Eu gosto de traduzir pensando em como aquela fala seria dita num contexto equivalente brasileiro, sabe? 
tipo nesse quadro de "Kamen Boxer" eu fiz o cara falar "chazinho" porque sim. Simplesmente achei engraçado e adequado.

ou nesse diálogo de "Giant Spider & Me: A Post-Apocalyptic Tale".Gostei muito da forma que a conversa fluiu. Essa personagem de preto em específico fala de uma maneira bem solta, então eu podia ser mais solto também.

E é claro que eu erro às vezes, ainda tô aprendendo bastante coisa, então mesmo esses dois mangás têm falas que eu mudaria hoje em dia. Enfim, apenas leve em conta o contexto na hora de traduzir, falas mais soltas não funcionam em momentos sérios, obviamente. Fora isso seja consistente, busque outras scans para entender melhor um diálogo e etc.

Dicas para edição:
Edição é uma parte do scanlation que você tem que gostar muito de fazer, senão vai ser sofrido. Pra começar, edição pode ser mais tranquilo ou pesado de fazer, tudo depende das escolhas que você fizer, e eu vou explicar melhor isso adiante.

Bubble mask action pra clean (limpeza de textos) - eu praticamente fiz esse post apenas pra informar você disso. Limpar balões pode ser uma tarefa chata, mas não tema, pois agora você possui uma ferramenta automática para isso.
Funciona da seguinte forma, você vai em "carregar ação" no photoshop (o programa que acredito que você já deve ter instalado) e carrega o arquivo logo abaixo. Então você só precisa usar a varinha mágica para selecionar os balões e apertar um tecla atalho pra executar a ação. Veja esse vídeo de um br gravado numa qualidade duvidosa em caso de dúvidas.




inclusive, essa parte das ações é bem útil caso você precise repetir uma tarefa em todas as imagens. Só crie um comando pra isso e vai passando imagem por imagem.

Técnicas pra arrasar no redraw (redesenho) - se você for um infeliz, sem vida e psicopata, você pode optar por apagar todos os textos que cobrem parte da imagem do seu mangá e redesenhar o que ficou em branco.
                                sem redraw                                                                 com redraw 💀   

Como você deve ter percebido, eu tenho um certo ódio com essa parte porque é muito trabalhosa e no fim o leitor nem vai dar bola. Portanto, hoje em dia só faço se for rápido e eficiente. Mas enfim, use a função "preenchimento com reconhecimento de conteúdo" na parte "editar" do photoshop, ela faz justamente o que tá no nome, preenche partes da imagem com o conteúdo ao redor. Nem sempre fica perfeito, mas se você souber usar, pode dar bom. Recomendo baixar o photoshop 19 pra frente, pois as versões antigas não têm essa função (acho).
Ano passado lançou um photo com uma IA que fazia um trabalha muito melhor, porém creio que ele não está mais disponível por métodos alternativos.
Outra dica é simplesmente pôr o texto por cima da parte apagada e redesenhar somente o que sobrar, bem prático.

Técnicas e ferramentas pro typesetting (adicionar textos) - Antes de adicionar os textos, você precisa cuidar no tamanho e estilo da fonte. Às vezes a fonte pode estar serrilhada porque você não selecionou a opção "suave" no cabeçalho, ou também o texto pode estar num tom levemente acizentado, e só depois você percebe, ou ainda o tamanho está muito pequeno para ser lido... enfim, um bocado de coisas podem acontecer.
Nesse sentido, afim de evitar erros, eu recomendo usar o TyperTools. Ele é uma extensão do photoshop que simplifica o processo de colocar, ajustar e estilizar os textos. Tudo o que você precisa fazer é abrir o arquivo com o photoshop aberto (no meu caso a versão que eu tenho e funcionou é a de 2021, 22.5.1) e clicar na parte "janela", depois "extensões (herdado)". Depois é só adicionar o estilos e meter marcha.



Além disso, como os textos japoneses são escritos de cima pra baixo (pelo menos eu acho que é assim pra todos os mangás) os balões vão acabar sendo esticados verticalmente e difíceis de encaixar textos inteiros. Nesses casos você só coloca uma borda branca ao redor da fala ou "achata" ela horizontalmente
nesse caso eu fiz os dois, ficou legal

Se você estiver procurando por fontes, recomendo pedir para outros grupos scanlators. É certeza que eles vão mandar um pack inteiro.

Aliás, uma coisa que esqueci de dizer antes é para você se certificar que a imagem está no modo "tons de cinza" ao invés de "cores RGB". Apesar que todas as imagens que baixo já vêm com essa opção selecionada.

Como salvar várias páginas de uma só vez no photoshop²
Simples meu pequeno macaquinho, clique em "arquivo", vá em "scripts" e depois em "processador de imagens" no photoshop, aí é só selecionar salvar como JPEG e PSD, se precisar. Caso queira salvar em png, crie uma ação e depois vá em Arquivo - Automatizar - Lote e selecione a ação que salvará em png. Tô com preguiça de explicar como cria ação, veja os vídeos lá.

Dicas para upar, compartilhar e divulgar:
O site que eu vejo o pessoal mais usando pra upar é o mangadex e digo por experiência própria que deve ser o melhor site atualmente. E claro, lembre-se de conferir se as páginas estão certas e tals tals.
Pra compartilhar arquivos eu recomendo primeiro compactar e mandar por um google drive da vida, se precisar.
Muitos servidores de discord deixam um canal livre pra você anunciar seus capítulos, mas eu não acho muito viável. O melhor seria você divulgar seus projetos ou scan em parceria com outros servidores populares, pois assim sua mensagem ficará mais tempo visível.


fim dessa bagaça
Acho que era só isso. Comente aí o que você achou do post e o que na sua opinião faltou eu falar.
Ultimamente eu tava com preguiça de escrever qualquer coisa aqui, mas depois de ver um vídeo do ludoviajante eu me sinto melhor pra voltar e espalhar achismos esperando que alguém leia isso.

Nota: os tópicos com ¹ e ² foram adicionados depois, pois esqueci de falar deles.

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