CODE-E, o anime mais ineficiente que eu já vi (mas não é tão ruim).

Bom, vamos lá. Se você leu o título, ou viu a página onde eu inseri esse post, você deve ter percebido que eu vou falar mal de um anime, porém mais do que isso, eu vou falar mal de um anime que poucas pessoas viram e eu vi para manter meu ego de cult. Mas calma, eu vou te situar sobre o que é esse anime e comentar as coisas que eu gostei ou não. Livre de spoilers, com exceção dos 3 primeiros episódios ;P.
A primeira coisa que percebi vendo CODE-E é que a produção dele é até que boa. Temos uma trilha sonora bacana, um char design um pouco autêntico (embora inconsistente) e uma animação bem-feita. Até mesmo o diretor tem um portfólio legal (dirigiu Full Moon o Sagashite, além de trabalhar em Ginga Eiyuu Densetsu WEED.) Então, o que poderia dar errado? Haha, é aí que você cai nas garras perversas desse anime, assim como eu caí. CODE-E tem um primeiro episódio eficaz. Primeiro, eu gosto de como ele é discreto. Por exemplo, a protagonista tem essa habilidade de emitir ondas eletromagnéticas quando sente alguma emoção forte, o que acaba afetando os dispositivos eletrônicos ao redor dela. O anime não joga essa informação de qualquer forma, ele faz isso por meio de cenas, e é legal ver um anime que não me trata como um idiota de vez em quando. E não é só isso, se você prestar atenção, irá perceber detalhes que nem mesmo as personagens têm ciência ainda. O melhor exemplo que eu consigo lembrar agora é da segunda temporada, onde uma personagem secundária cresce e vira amiga da Ebihara (a menina das ondas EM), e só depois de uns 9 episódios ela descobre que as duas já tinham se encontrado antes. Por outro lado, não tem nada muito além disso, mas eu ainda acho que merece um crédito. As únicas coisas que eu reclamaria desse episódio são meio pessoais, tipo, a comédia não me agradou e fiquei um pouco triste quando vi que a OP era só um instrumental. Mesmo assim foi um ep decente.
Aí vamos pro episódio 2 e... é a mesma coisa. Não, sério, são as mesmas piadas da protagonista quebrando objetos sem querer, do garoto tapado e futuro amor romântico tendo cenas inúteis e daquela tsundere- Espera, garota desajeitada, menino tapado e tsundere...? Isso é só mais um anime de romance! Bom, já que não tem nada pra comentar eu vou aproveitar e falar algo, senão esqueço. Quando eu comentei do char design, disse que ele é inconsistente, pois algumas personagens têm o estilo de nariz diferente de outras. A protagonista tem o nariz que consiste numa linha que só vai até a metade dos olhos, enquanto outras têm o clássico nariz de um ponto só. Por que disso? :shrug:
 

 essa menina da esquerda tem a voz da Tsukune btw

Bora pro episódio 3 e... ele é só chato mesmo. Aqui temos um desenvolvimento das personagens que ocorre de maneira BEM lenta. Não que isso seja necessariamente ruim, porém CODE-E não é muito bom em colocar as coisas em prática. Tanto que eu senti que ele tinha estagnado completamente quando cheguei nesse episódio, pois são as mesmas cenas da Ebihara tendo problemas em controlar suas emoções e quebrando tudo... As mesmas cenas da tsundere que esqueci o nome ficando com ciúmes do garoto lerdo que não consegue notar os avanços das duas (o Marco Abreu pira).
Em certo ponto, migalhas de um plot mais interessante são jogadas aqui e ali, com um vilão multimilionário tramando tudo e espiões surgindo do absoluto nada, mas as coisas só começam a esquentar de verdade a partir da segunda temporada. Lá o pau come solto.

E mesmo assim o enredo entrega piadas boas. Por exemplo, em uma cena, os espiões são questionados por uma repórter sobre o que eles acham dos apagões recentes (causados pela Ebihara). Um deles responde normalmente enquanto o outro surta quando vê a câmera filmando eles. Ou quando esses mesmos espiões tentam mudar de endereço para o Japão, mas cometem erros ridículos, como tirar fotos de óculos escuros. Deu pra perceber que eu gosto bastante deles.

Enfim, CODE-E tá longe de ser um dos piores animes que eu já vi. Eu até me peguei rindo às vezes. No fim das contas uma obra só pode ser bem-avaliada se considerarmos o todo dela. Então sim, eu não acho esse anime tão ruim. Só acho um potencial desperdiçado, uma história sem graça, com várias pontas soltas e-


Ah, e a música de encerramento é bem agradável.

Hora da Avaliação do Hiru

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